Cidades

Traficantes que torturavam usuários de drogas são presos

Mais dois acusados foram detidos pela 16ª DP, em Planaltina. Investigação sobre o grupo criminoso começou em maio deste ano

Sarah Peres - Especial para o Correio, Walder Galvão - Especial para o Correio
postado em 14/08/2018 22:08

Para receber valor da dívida, traficantes torturavam e prendiam devedores em cisterna

Agentes da 16; Delegacia de Polícia (Planaltina) prenderam duas pessoas e apreenderam um adolescente suspeitos de integrar associação criminosa que torturava usuários de drogas em Planaltina. A segunda fase da operação, batizada de Cruciatus, foi deflagrada nessa terça-feira (14/8). A apuração policial aponta que os criminosos mantinham devedores em cárcere privado, além de espancá-los e sufocá-los em uma cisterna.

A investigação começou em 21 de maio, após o corpo de um morador de rua ser encontrado carbonizado próximo a um barraco invadido, onde ocorriam os crimes de tráfico de drogas e tortura. Ele foi identificado como Elton Antunes Nascimento, 34 anos, conhecido como Careca. O grupo fez, pelo menos, cinco vítimas.

Em junho, Jheferson Leal, 24, Raniel Rodrigues dos Santos Silva, 20, e Marcos Pedro Martins da Silva, 19, foram presos. Ao prestarem depoimento, confessaram os crimes e, de acordo com o delegado Edson Medina, chefe da 16; DP, não demonstraram arrependimento. Três suspeitos que estavam presos desde a primeira etapa da operação tiveram a prisão convertida em preventiva.

Barracos onde os traficantes torturavam as vítimas e comercializavam as drogas

Um dos suspeitos presos nessa terça, usava tornozeleira eletrônica por ter cometido furto. Os policiais o encontraram em Planaltina. Outro acusado, de 18 anos, é funcionário de uma locadora de veículos, localizada no Aeroporto de Brasília. Ele foi detido no local de trabalho.

O delegado ressalta que esse grupo é investigado desde a primeira fase da operação. A investigação aponta que um dos suspeitos, conhecido como Doutor, procurou o bando para quitar uma dívida de drogas e também foi ameaçado de morte e mantido preso dentro de uma cisterna por três dias. A vítima foi obrigada a entregar a chave de casa e teve os bens subtraídos enquanto estava preso.

Os investigadores ainda tentam encontrar um homem, apontado como líder do grupo. Segundo a Polícia Civil, o suspeito é conhecido como Titi e está foragido.

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