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Eles fazem rock autoral brasiliense: conheça a banda Metrópole Locomotiva

Composta por Daniel Kirjner (guitarra e voz), Emerson Maizena (bateria) e Eduardo Matosão, (contrabaixo), o grupo está há 18 anos na cena musical

Suzanny Costa*
postado em 17/08/2018 17:00
A atual formação da Metrópole Locomotiva: quase duas décadas de rock
O carnaval foi o motivo para adolescentes brasilienses formarem uma banda de rock. Em 2000, uma turma resolveu fazer a própria ;festa; e começar a tocar, com uma única pretensão: fugir da folia da cidade. A paixão pela Legião Urbana inspirou o nome do grupo. Primeiro, eles queriam batizar a aventura de Metrópole, título de uma das grandes composições de Renato Russo, em 1986. Contudo, já havia bandas com o mesmo nome. Decidiram, então, acrescentar a palavra Locomotiva. Nascia, ali, a Metrópole Locomotiva. ;Precisávamos nos diferenciar de alguma forma;, explica Emerson, baterista da banda.

As primeiras apresentações aconteceram na escola onde os integrantes Daniel Kirjner (voz e guitarra), Emerson Maizena (baterista) e Eduardo Matoso (contrabaixo) estudavam, na Asa Norte. Os festivais, organizados pela instituição de ensino, se tornaram os primeiros palcos dos rapazes, hoje com idades entre 30 e 40 anos.

Com 18 anos de estrada e dois álbuns gravados em estúdio, a banda carrega nas letras experiências literárias e poéticas. As composições ficam por conta do vocalista, em parceria com nomes como o do poeta Wanderson Mendes e o ex-guitarrista da banda, Luiz Esteves. As inspirações vão desde a impotência sobre realidades do mundo atual até mesmo uma ;simples; dor de cotovelo. ;A maioria das músicas surge da necessidade de gritar coisas que são maiores que a gente. Coisas que nos lembram como a vida é frágil e precisamos uns dos outros;, afirma o baterista, de 32 anos.

A mudança da idade pode ser sentidas por meio das melodias. Com o amadurecimento, as novas influências musicais, a forma de compor e até mesmo os novos problemas enfrentados no dia a dia, as músicas se tornaram maduras e com composições mais originais. No primeiro álbum, intitulado Apesar de Tudo, os meninos sentem que faltava um pouco mais de preparo na produção. No último álbum, Sangue e Cinzas, o maior acesso às tecnologias de gravação foram essenciais para o aprimoramento. ;Temos muito orgulho deste disco. Apesar de não ser perfeito, é um álbum completo, com o melhor que tínhamos;, defende Daniel, 33.

Com todas essas mudanças, nos vários anos na cena do rock brasiliense, a banda carrega no currículo algumas premiações. A mais importantes delas veio com o troféu do júri popular do Festival Universitário de Música Candanga (Finca), em 2004. O Finca promove a apresentação de músicos com algum vínculo à Universidade de Brasília. Outra boa lembrança vem da história de que a atriz Ísis Valverde teria escutado diversas bandas brasilienses para entrar no clima da cidade, quando interpretou Maria Lúcia, no filme Faroeste Caboclo. Os integrantes da Metrópole Locomotiva contam que a música Brasília 77 entrou no setlist da artista durante as filmagens.

Participação em coletâneas

O grupo também teve músicas em coletâneas com grandes nomes do rock nacional. O álbum 23 bandas para escutar em 2017, da Hard Kiss Record (SP), trazia, além da Metrópole Locomotiva, conjuntos como CPM 22, Dead Fish e Dance of Days. ;Foi um prazer enorme compartilhar uma coletânea com bandas que ajudaram a formar nossa noção de rock brasileiro;, comemora o Emerson.

Com músicas tocando nas rádios da cidade, o grupo vê a oportunidade como uma vitrine para mostrar os trabalhos. Para eles, boa parte do público que hoje os acompanha nas redes sociais e em shows vieram de ouvintes das rádios. Entre participações e abertura de shows para grandes bandas nacionais, a Metrópole Locomotiva atualmente se apresenta em grandes festivais e eventos da cidade.

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Soundcloud: metropolelocomotiva
Contato: (61) 98150-2244, com Eduardo Lourenço
E-mail: metropolebsb@yahoo.com.br

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