Cidades

José Venâncio, idoso que estava desaparecido, é encontrado morto no Paranoá

Corpo foi encontrado por pescadores que passavam pelo Núcleo Rural Boqueirão. Causa da morte ainda é investigada

Alan Rios
postado em 19/08/2018 12:00
José Venâncio estava desaparecido desde o dia 9 de agosto José Artemilton Venâncio, 65 anos, que estava desaparecido havia quase 10 dias, foi encontrado morto na noite de sábado (19/8). O idoso foi achado no Núcleo Rural Boqueirão, no Paranoá, às 19h50, quando pescadores que passavam pelo local sentiram um odor forte e acionaram os bombeiros, que realizavam buscas na área e identificaram o corpo.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o idoso não estava com sinais de violência. As buscas estavam sendo realizadas no Boqueirão desde quarta-feira (15/8), mas a mata extensa dificultava o trabalho de procura. Até mesmo um helicóptero estava sendo usado pelos bombeiros, que encontraram José a cerca de 1 quilômetro da chácara do seu irmão, segundo familiares.

"Ele veio para minha chácara no dia que sumiu, e umas pessoas que viram a matéria sobre o sumiço dele, no Correio, nos falaram que deram carona para ele naquele dia. Mas ele ficou em uma porteira que dava para outra chácara, e aí foi entrando e se perdeu", contou o irmão de José, Cícero Venâncio.

As causas da morte ainda são investigadas. A família suspeita que o homem tenha se perdido pela mata e possa ter sofrido um infarto. "Nós procuramos por lá desde que ele sumiu, mas é uma mata muito grande. Quando foi ontem, encontramos ele já falecido", lamentou. Os policiais civis da 6; Delegacia de Polícia (Paranoá) investigam o caso com ajuda de perícia médica, que está sendo feita pelo Instituto de Medicina Legal (IML).

As suspeitas de uma morte natural se reforçam também porque o idoso estava com seus pertences, de acordo com Cícero. José sofria de transtornos psiquiátricos, tomava remédios controlados e estava desaparecido desde 9 de agosto, quando saiu de casa pela noite. O desaparecimento foi registrado na 2; DP (Asa Sul).

Ficam as lembranças

A família de José lamenta a perda de um homem bom, sensível e conversador, segundo eles. Quando desapareceu, as fotos do idoso foram compartilhadas com a indicação da marca que ele carregava com orgulho: o símbolo do Botafogo tatuado no peito.

"Ele foi o maior botafoguense que existiu, queria frisar isso. Quero lembrar dele vivo, conversando sobre futebol comigo", disse Cícero. José Venâncio deixa lembranças a todos os seus familiares, que ainda esperam entender melhor como tudo aconteceu.

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