Cidades

Corpo de militar atropelado por ônibus no Lago Sul é enterrado

Maurício da Cruz era militar e recebeu as honrarias fúnebres do Exército, da família e de amigos

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 21/08/2018 17:21
Familiares prestam homenagem a militar atropelado
Amigos e familiares se reuniram, nesta terça-feira (21/8), para se despedir de Maurício da Cruz Carneiro de Almeida, 43 anos, tenente-coronel do Exército atropelado por um ônibus na ciclofaixa do Lago Sul na tarde de segunda-feira. A cerimônia fúnebre ocorreu na Capela 5 do Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, às 15h.
Pessoas reunidas em enterro com coras de floresNa área interna ficaram familiares e amigos mais próximos da vítima. Do lado de fora, colegas de trabalho e conhecidos também se reuniram. Cerca de 300 pessoas compareceram à cerimônia.

Momentos antes de o corpo ser levado para o sepultamento, o caixão foi coberto por uma bandeira do Brasil. A caminhada até o local do enterro foi guiada pela guarda fúnebre do Exército, que deu três salvas de tiros ao tenente-coronel. A fanfarra também esteve presente.

Abalada, a família não quis falar com a imprensa. Mas, durante o sepultamento, Suenia Carvalho Carneiro de Almeida, 42, mulher da vítima, fez um breve depoimento. ;A minha casa é um lar e, muitos dos que vejo aqui hoje, estiveram ali brincando e sorrindo comigo e o Maurício. Não é fácil perder alguém que amamos e nos importamos. Mas a força de vocês me faz aceitar melhor o que aconteceu;, disse.
Militar que foi atropelado por ônibus é enterrado na tarde desta terça-feira (21)
Amigo de Maurício há 10 anos, o empresário Rafael Ruscher, 38, também prestou homenagem ao tenente-coronel. "Falar de Maurício é falar de família. Ele era um grande homem, marido, pai, amigo e atleta. Só queria agradecer pela oportunidade de ter vivido momentos felizes ao lado dele. Agora, peço a Deus para que ele o encaminhe até a luz", disse o morador do Lago Norte, emocionado.
A cerimônia acabou com as orações do Pai Nosso, da Ave Maria e uma salva de palmas a Maurício. Aos poucos, os presentes começaram a se dispersar, ficando apenas os mais próximos.

Apoio

Ciclistas do Pedal da Saúde, do Hospital das Forças Armadas (HFA) também participaram do enterro, em apoio à causa e à família da vítima, como explica o tenente Silva Dias. "Viemos prestar uma homenagem ao Maurício, que foi mais uma vítima do trânsito, que precisa evoluir. É preciso que tenha respeito a nós ciclistas, para que não existam próximas vítimas", afirma.
O militar Adão Cardoso, 45, aponta a falta de conscientização da população. "Diariamente sofremos desrespeito no trânsito. O que percebemos é que não há um cuidado dos veículos maiores aos ciclistas. Claro que não podemos generalizar, mas há quem use os automóveis como uma arma contra as nossas vidas", ressalta o morador de Taguatinga.

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