Jornal Correio Braziliense

Cidades

Modelo do Instituto Hospital de Base poderá ir para outras unidades do DF

GDF divulgou relatório de atendimento dos oito primeiros meses deste ano. Segundo o Executivo local, o balanço foi positivo


Após oito meses em funcionamento, o modelo do Instituto Hospital de Base (IHB) pode ser expandido a outras unidades de saúde do Distrito Federal. Durante divulgação do balanço de atendimentos, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), afirmou que o sistema trouxe benefícios aos brasilienses e deverá ser expandido. No entanto, não apresentou prazos.

Um dos pontos mais críticos da saúde do Distrito Federal eram os atendimentos de radioterapia. Até o ano passado, havia mais de 1,3 mil pessoas na fila de espera. Porém, Rollemberg garantiu que as filas estão zeradas e que há 180 pessoas fazendo tratamento. ;Essa é uma conquista muito grande para a rede pública de saúde;, frisou.

A nova gestão do hospital começou a funcionar em janeiro. Desde então, embates judiciais marcaram o novo modelo (leia Para Saber Mais). O governador destacou que o IHB funciona com o mesmo orçamento de 2015: R$ 602 milhões. ;Esse é um projeto que vai gerar muita esperança para Brasília;, apontou.

Outro ponto destacado durante a divulgação do balanço foi o número de cirurgias. Rollemberg ressaltou que, em dezembro do ano passado, 518 procedimentos foram realizados no Hospital de Base. Já em julho deste ano, 941 cirurgias foram feitas, ou seja, 32 por dia.

[SAIBAMAIS]Uma pesquisa de satisfação realizada com pacientes mostra que a opinião do brasiliense em relação ao IHB melhorou. Em março, 35% dos abordados consideravam o atendimento crítico. Em julho, esse índice caiu para 8%. No mesmo período, a qualidade do atendimento, na opinião dos entrevistados, subiu de 37% para 66%.

Para saber mais

O Instituto Hospital de Base foi criado para funcionar como Serviço Social Autônomo, em substituição ao Hospital de Base. Com isso, a instituição passa a ser obrigada a cumprir as metas do contrato de gestão. As regras para a assistência aos pacientes não foram modificadas. A criação do instituto foi marcada por uma série de polêmicas judiciais.

O estatuto da entidade chegou a ser questionado pela 4; Vara de Fazenda Pública do DF, que não concordava com alguns artigos e exigiu a proibição de contratações sem licitação e de pessoal sem concurso público.

Em 19 de janeiro de 2018, quando foi lançado o edital do processo seletivo para a contratação de 708 profissionais, o Tribunal Regional do Trabalho da 10; Região (TRT-10) suspendeu o edital, de forma liminar, acolhendo pedido do Ministério Público do Trabalho da 10; Região, que havia identificado irregularidades no certame. Mas decisão do TST garantiu as contratações.