Cidades

Médico bateu na mulher porque ela ingeriu bebida alcoólica, diz PM

O agressor não teria concordado com a atitude, segundo a Polícia Militar, por ela estar amamentando o filho do casal, um bebê de 3 meses

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 05/09/2018 16:30
Violência contra a mulher

O médico acusado de agredir a mulher teria iniciado as agressões dentro de um carro do aplicativo Uber. O casal estaria voltando de uma festa no Lago Norte. O homem, de 59 anos, teria batido na companheira, de 22, durante todo o trajeto, até chegarem em casa, um apartamento no Sudoeste. O agressor ficou irritado, segundo a Polícia Militar, porque a moça ingeriu bebida alcoólica e ele não concordou, por ela estar amamentando o filho deles, de 3 meses.

Ainda de acordo com informações da PM, vizinhos perceberam a chegada do casal no prédio e as agressões que a jovem estava sofrendo. Eles acionaram os militares, que prenderam o médico em flagrante pela Lei Maria da Penha.

O médico foi encaminhado à 5; Delegacia de Polícia (Área Central). O motorista do Uber também foi levado como testemunha, além de vizinhos. O homem pagou uma fiança de R$ 3 mil e foi liberado.

Segundo a Polícia Civil, durante depoimento, o médico negou ter agredido a mulher. Ele afirmou que ambos tinham bebido na festa e, voltando para casa, se desentenderam. Nesse momento, a vítima teria avançado para bater no suspeito, que alegou ter se defendido segurando o braço dela.

A mulher não confirmou ter agredido o marido. Entretanto, escolheu não fazer o exame de corpo delito no Instituto de Medicina Legal (IML). A jovem disse, ainda, que decidiu ir à delegacia porque o médico estava exaltado por conta da bebida.

Cirurgião

O homem é um médico especialista em cirurgia plástica, que trabalha em uma clínica particular na W3 Sul. Uma funcionária do estabelecimento informou, por telefone, que "a empresa não vai se posicionar sobre o caso ainda". A defesa do acusado não foi encontrada.

Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) esclareceu que atua na área de supervisionamento e cumprimento das normas éticas do profissional e que, "portanto, não cabe ao CRM-DF interferir na vida dos médicos fora da sua atuação profissional".

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