Cidades

Apenas quatro dos 11 postulantes ao Buriti compareceram ao desfile

Poucos candidatos aproveitaram o público de 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios para fazer panfletagem e pedir votos. A maioria dos concorrentes ao Palácio do Buriti participou de reuniões com diversas categorias

Marlene Gomes - Especial para o Correio, Ana Viriato
postado em 08/09/2018 08:00
O governador Rodrigo Rollemberg fez caminhada no Deck SulOs candidatos ao Palácio do Buriti deixaram de explorar o potencial de votos no desfile cívico-militar do Dia da Independência, na Esplanada nos Ministérios. Apenas quatro dos 11 postulantes compareceram à parada e, ainda assim, não panfletaram ou investiram no corpo a corpo nas imediações do local. Os demais concorrentes aproveitaram o feriado para mirar segmentos específicos em busca de apoio nas urnas, como lideranças cristãs e produtores rurais, ou cumprir agendas internas.

A ex-distrital Eliana Pedrosa (Pros), que conta com a benção do clã Roriz, dedicou o dia a agendas no Setor Habitacional Pôr do Sol, uma das áreas mais carentes de Ceilândia. Pela manhã, participou da inauguração do comitê de Dedé Roriz, sobrinho do ex-governador. Em discurso, assegurou a regularização da região. ;A legalização traz a urbanização e o saneamento;, frisou. A candidata prometeu, ainda, a construção de creches e escolas caso seja eleita para o GDF. ;Ainda não há levantamento sobre a quantidade. Precisamos ver a disponibilidade de locais para avançar, mas queremos entregar pelo menos duas creches aqui;, completou.

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) marcou presença no desfile como representante do Distrito Federal. A agenda de campanha à reeleição começou à tarde, com almoço no Pôr do Sol. Em seguida, o socialista seguiu para o Deck Sul, onde panfletou e conversou com eleitores. No local, afirmou que pretende dar continuidade ao Projeto Orla Livre, por meio de investimentos em infraestrutura, iluminação e transporte público. ;As pessoas estão se apoderando da orla, um dos lugares mais bonitos de Brasília. Não temos duas categorias de cidadãos. Todos têm direito de usufruir das margens do Lago Paranoá;, disse.

Em almoço com líderes religiosos, o deputado federal licenciado Rogério Rosso (PSD) destacou a necessidade de um ;governo parceiro das igrejas;. A ideia é firmar convênios com os templos para atender às demandas da população. ;As vagas que não conseguirmos ofertar na rede pública em creches, por exemplo, disponibilizaremos por meio de parcerias com igrejas e instituições com espaço, condições de conforto e segurança;, explicou. O parlamentar mencionou, ainda, a implementação de um gabinete no Buriti para cuidar de assuntos relativos ao desenvolvimento econômico de cidades do Entorno.

O deputado federal Alberto Fraga (DEM) cancelou três agendas ontem. Em uma das poucas reuniões do dia, ouviu demandas de agentes comunitários de saúde, como a retirada da pauta de votação da Câmara Legislativa de um projeto que prevê contratações pelo regime CLT e, não, estatutário. ;Pediram, ainda, a quitação de gratificações, a aplicação do pagamento de insalubridade e a aplicação do piso salarial nacional. Marcamos uma reunião com toda a categoria para vermos o que pode ser feito;, explicou o parlamentar.

Produtores

O petista Júlio Miragaya passou a manhã no Assentamento Contagem, próximo à Fercal, onde ouviu demandas e apresentou propostas aos produtores rurais. ;Reivindicaram o apoio do governo para comercialização dos produtos, asfaltamento até a entrada e melhorias no transporte público. São demandas simples, que podem ser atendidas com facilidade;, pontuou o candidato. Após o compromisso, participou do Grito dos Excluídos, na Esplanada dos Ministérios.

O militar reformado general Paulo Chagas (PRP) e o bancário Renan Rosa (PCO) não tiveram compromissos, além da celebração da independência do Brasil. A professora da Universidade de Brasília (UnB) Fátima Sousa dedicou o dia a encontros com apoiadores de Ceilândia e Samambaia Sul. O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB/DF) Ibaneis Rocha (MDB) cumpriu agendas internas. O professor da rede pública Guillen (PSTU) e o empresário Alexandre Guerra (Novo) não retornaram as ligações da reportagem.


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