Cidades

Primeiras testemunhas de esquema em igrejas de Formosa (GO) são ouvidas

Durante audiência realizada nesta segunda-feira (10/9), dois depoentes da acusação foram ouvidos pela Justiça de Goiás. Próxima sessão está marcada para quinta-feira (13)

Correio Braziliense
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postado em 10/09/2018 22:02
Catedral Imaculada Conceição em Formosa (GO) Duas das quatro testemunhas de acusação do caso dos padres de Formosa (GO) acusados de desviar dinheiro arrecadado por meio de paróquias da diocese da cidade foram ouvidas nesta segunda-feira (10/9), no plenário do júri do Fórum de Formosa. A audiência estava marcada para agosto, mas foi adiada a pedido da defesa. Os padres João Manuel Lopes e Jarbas Gomes Dourado responderam perguntas acerca do relatório contábil que serviu como base para a denúncia apresentada pelo Ministério Público goiano (MPGO).

O documento teria sido elaborado a pedido do bispo dom José Ronaldo, em 2017, na tentativa de mascarar uma suposta movimentação financeira irregular em igrejas da diocese da cidade. As oitivas duraram mais de oito horas e devem continuar com os depoimentos de Darci Neres da Rocha e Vilton Gonzaga, na quinta-feira (13/9). Os depoimentos das 10 testemunhas de defesa estão previstos para começar em 11 de outubro.

[SAIBAMAIS] Dez pessoas ; um bispo, um vigário-geral, quatro padres, o advogado e o contador da diocese de Formosa, além de dois homens considerados laranjas que atuavam como donos de uma lotérica comprada por um dos padres ; foram denunciadas pelos crimes de apropriação indébita, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa.


Relembre o caso

Em março, o MPGO, com as polícias Civil e Militar de Goiás, , por meio da qual 13 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão foram cumpridos contra um grupo acusado de desviar dinheiro de 33 paróquias vinculadas à Diocese da Igreja Católica de Formosa. por meio de batizados, casamentos e eventos realizados pela igreja. A investigação aponta que os religiosos tenham adquirido propriedades, veículos e joias.

As denúncias teriam partido dos próprios fiéis e começado em 2015. Entre os réus está dom José Ronaldo Ribeiro, bispo de Formosa, apontado como líder da quadrilha; o vigário-geral da diocese Epitácio Cardozo Pereira; além do padre Moacyr Santana, pároco da Catedral Nossa Senhora da Imaculada Conceição.

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