Cidades

Paulo Chagas: "Comigo você pode até errar, mas com os outros você já errou"

Com discurso e perfil militar, o candidato ao governo do Distrito Federal pelo PRP, general Paulo Chagas, tenta se afastar da imagem do adversário Alberto Fraga (DEM)

Deborah Fortuna
postado em 12/09/2018 15:36
O general tem 2,5% das intenções de voto, segundo pesquisa encomendada pelo Correio divulgada nesta quarta
Com discurso e perfil militar, o candidato ao governo do Distrito Federal pelo PRP, general Paulo Chagas, tenta se afastar da imagem do adversário Alberto Fraga (DEM). Ao se vender como outsider da política, Chagas critica os outros postulantes ao Buriti e repete o discurso do candidato da coligação à Presidência Jair Bolsonaro (PSL): "comigo você pode até errar, mas com os outros você já errou", afirmou.
Em entrevista ao programa CB.Poder, parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, na tarde desta quarta-feira (12/9), o general diz que a maior dificuldade da campanha é em decorrência de ser "calouro". "Essas pessoas que estão na frente das pesquisas são públicas, já são conhecidas", disse. O general tem apenas 2,5% das intenções de voto, segundo pesquisa encomendada pelo Correio divulgada nesta quarta-feira.
Questionado sobre as similares com o adversário Fraga, Chagas acentuou as diferenças entre os dois, ao dizer que tem um "discurso diferente do coronel". "Nas intenções, todos (candidatos) têm as mesmas. Tenho dito que eu estou aqui com um discurso semelhante a todos que passaram por aqui. Mas, se temos as mesmas pessoas, com os mesmos discursos e não houve solução durante o período dos últimos quatro anos, temos que mudar alguma coisa manobra", afirmou.
Em relação a segurança pública no DF, o candidato defendeu que a área é "totalmente desorganizada", e como solução, propõe a integração entre as corporações, como polícia civil e militar. Mas, segundo Chagas, se for eleito, a prioridade será da saúde. "Depois que estive no Hospital do Gama, no fim de semana, eu coloquei essa área como prioridade zero. Qualquer governo que tenha estado lá, tendo a responsabilidade sobre aquela situação, não faria outra coisa antes de resolver aquele problema. É assim que me sinto", afirmou.

Bolsonaro e agressão

Sobre o ataque ao candidato à Presidência do PSL, Chagas disse acreditar que a facada foi orientada por terceiros. "Eu sou cidadão comum, e eu, como cidadão comum, a minha avaliação é que foi planejado. Eu concluo, como cidadão, de que houve planejamento e não foi espontâneo", disse. "Bolsonaro se coloca contra a violência. Nós estamos vivendo no Brasil um índice exacerbado de violência, com 64 mil pessoas morrendo todos os dias, e o crime compensa no Brasil", completou.

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