Cidades

Mulheres que aplicavam o 'boa noite, Cinderela' em homens são presas

Segundo a Polícia Civil, as acusadas abordavam homens em bares e os dopavam, para furtá-los em seguida. Uma das vítimas morreu

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 13/09/2018 13:44
Homem bebendo cerveja

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu duas mulheres, Mayra Cristina Ferreira de Oliveira, 27 anos, e Iraneide Alves do Rosário, 29, acusadas de aplicarem o golpe conhecido como "boa noite, Cinderela" em vítimas que abordavam em bares do DF e Entorno. Uma terceira participante do grupo, Danielly Cristina Freitas Batista Luz, 21, está foragida. Um homem também agia com elas, mas ele ainda não foi identificado.
Segundo os agentes que trabalham no caso, elas atraíam homens que aparentavam ser bem-sucedidos, os levavam para um local reservado e os dopavam com medicamentos adquiridos em mercados ilegais, eram colocados na bebida. Uma vez que estavam inconscientes, as vítimas tinham os pertences furtados. Elas atuaram em bares de Taguatinga, do Gama, de Águas Claras, do Riacho Fundo 2, e em Águas Lindas, no Entorno.
No Gama, em 28 de agosto, um servidor aposentado do Senado, de 63 anos, morreu devido ao efeito do medicamento. Não houve divulgação sobre o crime, que está sob investigação na 20; Delegacia de Polícia (Gama).

Segundo a Polícia Civil, os objetos eram repassados a outras pessoas, identificadas como receptadoras. As duas mulheres foram presas em Valparaíso de Goiás, onde moravam. Com uma das jovens, os investigadores da 4; Delegacia de Polícia (Guará) encontraram um objeto roubado de uma casa. As duas acusadas foram reconhecidas pelas vítimas.

O delegado Johnson Kennedy, chefe da 4; Delegacia de Polícia, explica que os investigadores conseguiram identificar que se tratava de uma associação criminosa por meio da forma de agir das jovens. "Em todos os casos, elas seguiam o protocolo. Com as informações e as características das suspeitas, a equipe de inteligência traçou os detalhes e apurou, nesta semana, que se tratava das mesmas mulheres", assegura.

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