Cidades

Autor de assassinato dentro de escola no Itapoã é condenado a 19 anos

O crime ocorreu em junho de 2017, em uma escola no Itapoã, motivado por ciúmes do réu com sua ex-companheira

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 14/09/2018 21:10
O crime teve grande repercussão na comunidade. Cerca de 3500 estudantes e 150 professores da região se mobilizaram em uma passeata pela paz nas escolas.
Na última quinta-feira (13/9), Edson Sales de Oliveira, 23 anos, acusado de matar o estudante Gidenilton Ribeiro Lacerda, 26 anos, foi condenado a 19 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime ocorreu em 13 de junho de 2017, no Centro de Ensino Fundamental Dra. Zilda Arns, no Itapoã.

O réu alegou inocência, dizendo que, no dia e horários dos fatos, ele estava na casa do próprio pai. Edson já responde pelos crimes de roubo e de corrupção de menores.

Segundo a Polícia Militar, no dia do ocorrido, um homem encapuzado teria atirado três vezes contra a vítima, dentro de uma sala de aula. O suspeito fugiu em uma Parati prata. De acordo com a ocorrência, a diretora acionou a polícia assim que aconteceu o crime.

O ataque foi motivado por ciúmes, segundo as investigações. Gidenilton teria dado, de presente, uma caixa de bombons a uma colega de sala, ex-companheira de Edson. A jovem teria aniversariado em 10 de junho, sábado, por isso o presente foi entregue na segunda-feira (12/6), dia dos namorados. Edson imaginou que se tratava de um presente pela data romântica. Enfurecido, no dia seguinte, invadiu a sala de aula e matou Gidenilton.
O o estudante Gidenilton Ribeiro Lacerda foi assassinado em junho do ano passado dentro da sala de aula. A vítima cursava o ensino fundamental na Educação para Jovens e Adultos (EJA). Após o assassinato, a turma em que Gidenilton estudava foi desfeita. Cerca de 25 alunos que frequentavam a escola pediram transferência, e houve redução no quadro de professores titulares. Três educadoers desvincularam-se do estabelecimento de ensino. Uns por medo, outros por terem sido afetados psicologicamente diante de tamanha violência. Além disso, funcionários da unidade de ensino se licenciaram para tratamento e readaptação, por motivo de saúde.

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