Cidades

Candidato ao senado pelo PT, Wasny promete defender Fundo Constitucional

"Precisamos ter claro que o Fundo Constitucional causa ciúmes e Brasília precisa ter autoridade moral para defendê-lo", defendeu o atual deputado distrital

Alexandre de Paula
postado em 18/09/2018 06:00
Wasny de Roure, candidato do PT ao senado
O deputado distrital Wasny de Roure (PT) abriU ontem a série de sabatinas do Correio ; transmitidas ao vivo pelas redes sociais ; com candidatos ao Senado. O petista afirmou que defenderá, caso seja eleito, o Fundo Constitucional do Distrito Federal. O recurso ; repassado pela União para a capital para custear os setores de segurança, saúde e educação ; é frequentemente questionado por parlamentares de outros estados.

;Temos uma situação que eu não chamaria de privilégio, mas de responsabilidade;, ponderou. ;Precisamos ter claro que o Fundo Constitucional causa ciúmes e Brasília precisa ter autoridade moral para defendê-lo.; Ele criticou a perda de recursos do DF por falta de projetos. ;As nossas autoridades têm negligenciado e não têm preparado projetos executivos, licitações. Isso gera um desperdício causado por problemas de caráter gerencial.;
O parlamentar disse que é contra o foro privilegiado para políticos, mesmo em caso de crimes cometidos durante o mandato. Para ele o princípio da igualdade entre os cidadãos deve prevalecer e todos devem ser julgados da mesma forma. ;Eu sou tão gente como qualquer um. Não há por que ter um tratamento diferenciado;, justificou Wasny.

Questionado sobre se seria a favor da Lei da Ficha Limpa mesmo com a condenação do principal líder do partido ; o ex-presidente Lula ;, Wasny declarou que sim, mas fez críticas ao processo que culminou na prisão do aliado. ;A Lei da Ficha Limpa foi uma conquista da sociedade brasileira e eu acho que, como tal, é um princípio geral que deve prevalecer, mas, o caso de Lula, tem diferenças nítidas. Foi um processo que não tem convencimento das provas apresentadas;, comentou.

Wasny também respondeu como se comportaria caso fosse eleito senador e o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, chegasse à Presidência da República. ;Naturalmente, eu seria oposição, mas eu sou uma pessoa de diálogo e aquilo que for bom para a nossa população, para o nosso povo, terá o meu apoio;, disse.

O distrital se colocou radicalmente contra o armamento da população. ;A arma não pode estar na mão de qualquer um;, argumentou. A redução da maioridade penal é outra questão que Wasny reprova. ;Nós vivemos em uma cultura em que a criminalidade é estimulada. É isso que precisa ser debatido.;
No caso da descriminalização do aborto, o petista, no entanto, tem uma visão mais conservadora. Cristão, ele diz ser ;a favor da vida; e contra a legalização, mas defende postura mais receptiva em relação às mulheres que, por algum motivo, praticam o aborto. ;Nós precisamos ter um espírito de acolhimento e orientação em qualquer situação, até mesmo para aquelas que fizeram de maneira irresponsável;, afirmou.

A reforma da previdência e a tributária foram questões comentadas pelo distrital. Wasny se posicionou de maneira contrária às mudanças propostas pelo governo do presidente Michel Temer. ;O espírito em que a reforma da previdência foi colocada é o de economizar, sobretudo, em cima do mais pobre e não em cima de quem pode contribuir;, criticou.
Na questão tributária, Wasny condenou os programas de refinanciamento de dívidas. ;Quem não pagou recebe o benefício de redução de multas e de juros e a possibilidade de pagamento em longas prestações. Eu sou contra porque desestimula aquele que paga.;
Hoje, os entrevistados são Paulo Roque (Novo), às 15h30, e Everardo Alves Ribeiro (PMN), às 16h.

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