Cidades

Fadi Faraj (PRP) se diz contrário a descriminalização do aborto

"Uma vida não pode ser sentenciada pelo erro de outra", afirmou, em entrevista ao Correio

Ana Viriato, Pedro Grigori - Especial para o Correio
postado em 20/09/2018 06:00
Fadi Faraj, candidato ao Senado pelo PRP
O líder da Comunidade Cristã Ministério da Fé, Fadi Faraj (PRP), integrante da coligação formada por PRTB e PRP, que tem o general Paulo Chagas como aposta ao GDF, disse ser ;a favor da vida; ao justificar o posicionamento contrário à descriminalização do aborto. ;Uma vida não pode ser sentenciada pelo erro de outra;, afirmou.
Questionado sobre métodos para evitar as mortes de mulheres em decorrência dos procedimentos, o pastor disse que o tema precisa ser discutido. ;Podemos debater, sim, a questão do risco. Mas não podemos debater a questão da pena de morte. O aborto é pena de morte;, alegou. Em meio à argumentação, ele retirou do bolso um boneco no formato de um feto com 12 semanas.

Apoiado pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o candidato compartilha com o padrinho político a ideia de facilitar o acesso às armas no Brasil. ;Temos de parar de tentar cobrir o sol com a peneira. A população brasileira está desarmada e insegura. O governo não consegue cobrir a segurança. O mínimo que temos de fazer é dar condição para que as pessoas se defendam;, pontuou.

Em relação à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos em casos de crimes hediondos, como latrocínio, estupro e extorsão, Faraj afirmou considerar que, em determinados casos, a diminuição da idade mínima pode ser ainda maior. ;Se o cara teve a capacidade de estuprar, organizar e matar, ele tem de responder. Não pode ter pena socioeducativa;, defendeu. Nos presídios, defendeu a implementação de ;um modelo militar;: ;Eles (detentos) vão aprender a marchar, capinar, estudar, trabalhar;. O candidato mostrou-se contrário, ainda, à progressão da pena.

Sobre a educação, o candidato defendeu o projeto Escola Sem Partido. ;Não podemos aceitar a doutrinação ideológica dentro das salas de aula, onde as crianças aprendem uma ideologia em detrimento de outra;, frisou. Faraj também se posicionou sobre o fim da imunidade tributária para igrejas, tema discutido no Congresso Nacional. ;Desenvolvemos muitos trabalhos assistenciais e não recebemos recursos do Estado. Se isso acontecer (o fim da isenção), muitos templos religiosos vão fechar;, disse.
Hoje, serão ouvidos o servidor público Danilo Matoso (PCO) e a professora Amábile Pacios (PR). Assista ao vivo:
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