Cidades

Polícia apreende mercadorias em 14 bancas na Feira dos Importados

Operação Box foi deflagrada após denúncia de uma marca de produtos eletrônicos. Estima-se que o comércio ilegal causou prejuízo de R$ 145 bilhões aos cofres públicos, somente no ano passado

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 25/09/2018 19:37
Agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão na Feira dos Importados do SIA
Uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (25/9) pela Polícia Civil apreendeu objetos eletrônicos falsificados em 14 bancadas da Feira dos Importados no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Mercadoria passará por perícia para comprovar a falsificação. Segundo o delegado Marcelo Portela, da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Cord),o próximo passo é identificar e responsabilizar os donos das lojas que foram alvos da ação policial. Somente em 2017, esse tipo de comércio ilegal causou R$ 145 bilhões de prejuízo aos cofres públicos.

As investigações começaram há três meses, após agentes receberem uma denuncia feita por uma empresa de eletrônicos. "Informaram que ocorria a venda indiscriminada de produtos contrafeitos da marca na Feira dos Importados. Assim, identificamos diversas lojas que realmente faziam o comércio em larga escala das mercadorias", explica o delegado da Cord.

Nesta terça-feira (25/9), policiais cumpriram 14 mandados de busca e apreensão nas lojas, antes da abertura da feira. "Tivemos esse cuidado para não constrangermos feirantes e clientes que estão no local realizado as compras lícitas", pondera Marcelo.

Ainda de acordo com Portela, a Operação Box não foi finalizada. "Também temos informações de vendas ilícitas em outras bancas da feira e em lojas em outras localidades, então, a nossa atuação continua", afirma o delegado.

Os comerciantes irão responder por violação ao direito de marca e, se condenados, podem pegar até um ano de detenção. A legislação não prevê punição criminal para quem compra esse tipo de produto.

"Sabemos que há clientes que não têm conhecimento da origem das mercadorias e é enganado. Contudo, há os que têm conhecimento de que se trata de produtos ilegais e realizam a compra visando pagar mais barato pela mercadoria", finaliza Marcelo.

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