Cidades

"Queremos mais atenção para as nossas cidades", dizem eleitores do Entorno

Moradores de cidades ao redor do Distrito Federal esperam que candidatos eleitos para o Goiás não se esqueçam dos municípios mais distantes da capital goiana. Melhor transporte, educação e saúde estão entre os principais pedidos

Augusto Fernandes
postado em 07/10/2018 09:20

Moradores de cidades ao redor do Distrito Federal esperam que candidatos eleitos para o Goiás não se esqueçam dos municípios mais distantes da capital goiana. Melhor transporte, educação e saúde estão entre os principais pedidos
As eleições de 2018 começaram para todo o país, e, no Entorno do Distrito Federal, os eleitores já deixaram os locais de votação esperando que as promessas de campanha dos candidatos goianos sejam, de fato, cumpridas durante o mandato. Em Valparaíso de Goiás (GO), o principal pedido dos moradores era o de que a cidade receba mais atenção das autoridades políticas durante os próximos quatro anos.

O empresário Manoel Ribeiro, 52 anos, foi o primeiro a chegar no Colégio Estadual Valparaizo para exercer o seu direito de cidadão. Levou menos de cinco minutos para votar nos seus candidatos, e deu preferência para os políticos que já tiveram alguma relação com o município goiano. "Espero que cumpram, pelo menos, metade do que prometeram. Sou um morador antigo de Valparaíso, e sei das nossas necessidades. Precisamos de saúde, segurança e de geração de empregos. Fico na expectativa de que eles não esqueçam de tudo o que falaram nos últimos meses. Queremos mais atenção para as nossas cidades", disse.

Por conta do tempo chuvoso, o movimento na escola era baixo no início da manhã. Dessa forma, as filas nas seções eleitorais não estavam tão grandes. A auxiliar de cozinha Odila Garcia, 60, conseguiu votar rapidamente. "Cheguei cedo justamente para ter mais tranquilidade. Agora, é acompanhar os resultados para saber o que o futuro nos reserva", comentou.

Apesar de estar desiludida com a política, Odila fez questão de votar porque espera mudanças para toda a população brasileira. "É o futuro do país que está em jogo. Não podemos desperdiçar essa oportunidade ou votar apenas por votar. Além disso, temos que ficar no pé de cada candidato. Se eles respeitarem as leis, e cumprirem com a Constituição, a situação do Brasil pode mudar.

Em outra escola do Valparaíso, o Colégio Estadual Desembargador Dilermando Meireles, o movimento de eleitores também era baixo nas primeiras horas de votação. Os moradores entravam e saiam com facilidade das seções de votação, e mantinham um clima amistoso na fila de espera. A atendente Luzimar Rocha, 36, aguardou cerca de 10 minutos até conseguir votar. "Quero que eles sejam honestos e cumpram com o seu dever. A população quer o básico de atenção. Apesar de estar desanimada, tenho a esperança de que as coisas vão mudar", disse.

A concentração de eleitores nas cidades do Entorno Sul começou a aumentar a partir das 10h. No Colégio Estadual Céu Azul, localizado no Céu Azul, o fluxo de pessoas crescia a cada minuto. Entre elas estava a estudante Nayara Kethery, 19, que votou pela primeira vez. "Acredito que o voto pode fazer a diferença, afinal, estamos escolhendo os representantes da nação. Espero que o meu voto seja bem representado", afirmou.

Para não desperdiçar o voto, Nayara passou a noite de sabado (6/10), pesquisando sobre os candidatos que estão concorrendo neste ano. "Não queria votar apenas por votar. O meu desejo é de que eles sejam sinceros e não mintam. Queremos retorno, pois a nossa cidade está carente de segurança, infraestrutura, saúde e vários outros serviços", alertou.


Ruas sujas

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Às 5 da manhã, três horas antes do início das eleições, alguns colégios eleitorais do Entorno do Distrito Federal já estavam com as portas abarrotadas de santinhos. No Colégio Estadual Valparaizo, no Colégio Santo Antônio, no Colégio Estadual Desembargador Dilermando Meireles e no Colégio Estadual Mirante Tamandaré, todos em Valparaíso, cartões de diferentes candidatos de diversos partidos estavam espalhados pelo chão. A maioria dos panfletos eram de deputados estaduais e federais. Além disso, as ruas mais próximas dos locais de votação da cidade também acabaram poluídos com os papéis.

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