Andressa Paulino*
postado em 10/10/2018 21:47
Com um segundo turno acirrado entre os candidatos à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), simpatizantes de ambos os partidos já estão estruturando mobilizações. Em Brasília, protestantes contra os ideias de Bolsonaro organizaram nesta quarta-feira (10/10) um evento no Plano Piloto para articular os próximos passos que serão dados em prol da candidatura de Haddad.
Liderado pelo mais novo deputado Distrital Fábio Félix (Psol), a mobilização contou com cerca de 700 participantes, segundo os organizadores. Para Félix as novas manifestações mostram força ante à crescente onda de violência por parte de seguidores de Bolsonaro. ;Nós estamos lutando contra a violência, o autoritarismo, que está sempre presente no discurso de Bolsonaro e de quem o defende. É um ato a favor da democracia;, contou o Deputado ao Correio.
Também estava presente no ato, a reeleita Deputada Federal Erika Kokay (PT). Para Kokay os movimentos criados contra Bolsonaro, são uma reação da sociedade em defesa do direito à democracia. ;Está sendo uma construção de uma grande rede de enfrentamento ao facismo. As pessoas estão se enxergando como donas das próprias história;, afirmou ao Correio.
A Deputada destacou ainda que a discussão agora não é mais a favor ou contra partidos e sim ideologias. ;Há uma compreensão em que a defesa agora é contra a barbárie, contra a ditadura e o autoritarismo. É direitos contra a imposição. Então a discussão vai para além de partidos;, destacou Kokay.
Para o estudante de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Erick Andrade, as propostas do candidato Jair Bolsonaro (PSL) fere o direito dos negros, das mulheres e dos pobres, ;o candidato vai contra todas as vitórias das minorias no Brasil;, lamentou.
Sobre os dados divulgados da pesquisa do instituto DataFolha para o cenário do segundo turno das eleições presidenciais de 2018, onde o candidato do PSL tem 58% das intenções de votos e o candidato do PT 42%, o estudante afirma: ;Esse não é o resultado final. Eu acho possível reverter esse quadro. O nosso movimento é um respingo da luta pela vida;, finalizou.
*Estagiária sob supervisão de Anderson Costolli