Cidades

Candidatos ao Palácio do Buriti disputam o suporte de ex-concorrentes

Além do confronto nas urnas, Rodrigo Rollemberg (PSB) e Ibaneis Rocha (MDB) disputam o suporte de ex-concorrentes ao Palácio do Buriti e de políticos tradicionais da capital federal. Apenas um adversário - Rogério Rosso - definiu lado

Pedro Grigori - Especial para o Correio, Victor Gammaro - Especial para o Correio
postado em 11/10/2018 06:00

Vista aérea do Palácio do Buriti, sede do Governo do DF: Rollemberg e Ibaneis investem em reuniões com categorias na reta final de campanha

Os dois candidatos ao Governo do Distrito Federal enfrentam dificuldade para obter apoio no segundo turno da corrida pelo Palácio do Buriti. Dos nove oponentes que saíram da disputa no domingo, só um definiu posição. Seis vão se manter isentos e dois estudam posicionamento. Nos últimos três dias, além de negociar apoio com os antigos rivais, Rodrigo Rollemberg (PSB) e Ibaneis Rocha (MDB) buscaram suporte de categorias de trabalhadores e de importantes nomes políticos da capital.

O emedebista chegou a apresentar, entre os compromissos de campanha ontem, uma reunião com Jofran Frejat (PR), que acabou desmarcada. Ibaneis queria ter no time um dos nomes mais influentes da política do DF, que chegou a liderar as pesquisas de intenção de voto para governador, mas retirou a candidatura e ficou ao lado de Alberto Fraga (DEM). O PR de Frejat ressaltou que aguarda os aliados e que apenas na próxima semana definirá um eventual apoio.

Rollemberg participou de reunião com policiais militares e bombeiros que disputaram cargos eletivos, na qual mais de 10 declararam apoio ao socialista. O sargento Eliomar Rodrigues (PTC), que se candidatou à Câmara dos Deputados, justificou que o apoio se dá, principalmente, pelo governador não estar envolvido em qualquer esquema ou suspeita de corrupção. O chefe do Buriti garantiu aos militares que, caso seja reeleito, vai encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de reestruturação da PM e do Corpo de Bombeiros.

Respaldo

Apenas Rogério Rosso (PSD), que recebeu 169 mil votos, definiu um lado até o momento: o de Ibaneis. Alexandre Guerra (Novo), com 63 mil votos no primeiro turno, orientou que os eleitores dele votem com consciência no segundo turno, mas decidiu não apoiar Rollemberg ou Ibaneis. ;O meu plano de governo vai em uma linha totalmente oposta ao que os candidatos propõem. Teremos de escolher entre o ruim e o pior;, disse.

Fátima Sousa (PSol) demonstrou interesse em apoiar Rollemberg, mas condicionou o suporte ao governador se posicionar contra Jair Bolsonaro (PSL), candidato à Presidência. No entanto, mesmo fazendo parte do campo progressista, Rollemberg declarou que não vai apoiar nenhum candidato à Presidência. ;Já que ele ficou em cima do muro, não temos motivos para apoiá-lo. Não vamos apoiar ninguém;, afirmou Fátima ao Correio.

Antônio Guillen, do PSTU, pediu que seus 1.272 eleitores votem nulo no segundo turno. ;Eles (Rollemberg e Ibaneis) têm, em essência, o mesmo projeto político: governar com e para os ricos e garantir que o GDF esteja a serviço da concentração de renda e privilégios;, argumentou, em nota. Alberto Fraga (DEM) e Renan Rosa (PCO) ficarão neutros no segundo turno, assim como Eliana Pedrosa (Pros). Júlio Miragaya (PT) não tem previsão para anunciar de que lado estará na sequência do pleito.

Quarto candidato mais votado, com 110 mil votos, o general Paulo Chagas não decidiu quem apoiará no segundo turno. Segundo a assessoria, ele espera um posicionamento do presidenciável Jair Bolsonaro, que disputa o segundo turno com Fernando Haddad (PT).

Divisão no Senado

Entre os novos senadores, Leila do Vôlei (PSB), que obteve 467.787 votos, mantém apoio incondicional ao companheiro de chapa, Rollemberg, um dos maiores entusiastas da candidatura da medalhista olímpica. O PSDB, do senador eleito Izalci Lucas, está com Ibaneis. O tucano afirmou ter boa relação com o advogado. ;Muitas das nossas ideias e negociações de composição de campanha são parecidas. A nossa afinidade é maior;, resumiu.

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