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Em 10 anos, Lei Seca levou à prisão de 14,2 mil motoristas no DF

Ceilândia, Taguatinga e Planaltina são as regiões administrativas com os maiores números de ocorrências desse tipo

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 12/10/2018 15:52
foto de latinha de cerveja perto de carro, durante trânsito no DF
Em dez anos de Lei Seca, mais de 14,2 mil condutores foram presos no Distrito Federal por dirigir embriagados. O maior número de registros ocorreu em 2015, com mais de 2 mil prisões. O menor foi em 2012, com 481 detenções no ano.
Segundo um levantamento feito pela Polícia Civil, Ceilândia é a cidade recordista nesse tipo de infração, com mais de 2 mil flagrantes entre junho de 2008 e julho de 2018. Além disso, ela é a região com maior quantidade de presos por alcoolemia, com 1,5 mil pessoas. Em seguida, vêm Taguatinga, com 1,3 mil prisões; e Planaltina, com mil. Ainda foram registrados elevados casos de alcoolemia no Gama (985 prisões), Samambaia (894) e Santa Maria (812).
Além do destaque no número de prisões, as sete cidades do DF que lideram os registros de crime por embriaguez no volante são as mesmas que têm o maior número de mortos em acidente no trânsito nos últimos 10 anos. Ceilândia, com 229 mortos; Brasília, com 208, Taguatinga (159), Samambaia (93), Santa Maria (81), Gama (68) e Planaltina (66).

De acordo com o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), o número de prisões por alcoolemia caíram devido às ações de fiscalização. Em 2015, foram mais de 2 mil. No ano seguinte, foram 1,9 mil; e, em 2017, 1,7 mil. Até setembro deste ano, foram 1,3 mil. No entanto, as autuações administrativas por condução de veículo após a ingestão de bebida alcoólica aumentaram, passando de 11,8 mil em 2014 para 24,4 mil em 2017.

Mortos no trânsito

O levantamento do Detran também mostrou que os acidentes com morte nas vias urbanas e rodovias do DF tiveram uma queda nos últimos anos. De 390 óbitos em 2016, reduziu para 254 no ano seguinte, e até setembro deste ano, foram 229.
Conforme dados da Estatística de Trânsito do Detran, desde o mês de junho, vem caindo o número de mortes no DF. Em setembro, morreram 14 pessoas no trânsito, o segundo menor número de mortes dos últimos 23 anos, perdendo somente para março de 2017, quando ocorreram 13 óbitos. Com esse resultado, o DF completa quatro meses seguidos com redução de vítimas fatais, se comparado ao mesmo período de 2017.

Legislação

No Brasil, a tolerância para álcool e direção é zero. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o ato é infração gravíssima, com multa no valor de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir. A reincidência no período de até 12 meses acarreta multa em dobro, ou seja, R$ 5.869,40. Além disso, a recusa à realização de exame que comprove a influência de álcool ou outra substância psicoativa também é considerada infração de trânsito. Os condutores que tiverem índice alcoólico superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar podem receber voz de prisão, e são encaminhados para a delegacia.

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