Cidades

Em 1º debate, candidatos dedicam mais tempo a acusações do que a propostas

Ibaneis Rocha (MDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB) participaram de encontro promovido pelo Correio nessa quinta-feira

Adriana Bernardes
postado em 12/10/2018 16:02
Os dois concorrentes ao Palácio do Buriti se preocuparam em apontar possíveis erros e irregularidades
Um debate duro, com ataques e críticas de lado a lado. No primeiro confronto no segundo turno das eleições, os candidatos ao Governo do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) e Ibaneis Rocha (MDB) se mostraram bem municiados e focaram na estratégia de desconstrução do adversário. Tônica de todos os blocos transmitidos em tempo real pelas redes sociais do Correio Braziliense e pela TV Brasília.

Perfilados frente a frente, Rollemberg, que tenta a reeleição, e o emedebista Ibaneis, que liderou as últimas pesquisas no primeiro turno, não escorregaram no português, nem no calor do enfrentamento. Entre dedos em riste e cara feia, defenderam propostas de campanha e denunciaram aliados ;suspeitos;. Mas pouco se falou, efetivamente, sobre o que vai mudar no Distrito Federal a partir de 2019.

Ibaneis criticou a gestão de Rollemberg na saúde, na educação, no programa de desobstrução da orla do Lago Paranoá, no projeto cicloviário e no fato de o atual governador não ter ocupado o Centro Administrativo (Centrad), em Taguatinga. Atacou também o modelo de gestão do Hospital de Base e acusou Rollemberg de ter espantado o empresariado da capital. Mas faltou, da parte dele, explicar com clareza, a resposta que pretende dar à população sobre essas questões.

Acusações

Rollemberg, por sua vez, aproveitou o debate para defender a gestão, listando obras e projetos colocados em práticas nos últimos anos de gestão. E não perdeu a oportunidade de, nas suas palavras, ;mostrar quem é o seu adversário;. Citou os aliados de Ibaneis, velhos conhecidos do eleitorado do DF envolvidos em escândalos: Júnior Brunelli, Tadeu Filippelli e Benício Tavares, todos acusados de crimes. E lembrou da denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Ibaneis em um processo que investiga o pagamento de R$ 3 milhões pela prefeitura de Jacobina (BA) para o ex-presidentre da OAB-DF em honorários advocatícios. O dinheiro teria saído de um fundo exclusivo para educação.

A desconstrução mútua seguiu até o último momento. Ibaneis se esforçou para se descolar de aliados complicados e para mostrar que sua atuação será profissional. Rollemberg focou as considerações finais em sua trajetória de honestidade, coerência e ética. E, assim, os candidatos se despediram para seguir na briga pelos votos nas cidades do DF até o dia 28, quando o brasiliense escolherá quem vai conduzir os rumos da capital pelos próximos quatro anos.

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