Cidades

Homem é assassinado após suposta cantada a mulher de conhecido

A vítima, assassinada com duas facadas, trabalhava como vigia de carros. Casal envolvido no homicídio foi preso cerca de uma hora após o fato

Jéssica Eufrásio
postado em 12/10/2018 18:57
Ilustração de gotas de sangue
Um homem foi morto com uma facada no pescoço na manhã desta sexta-feira (12/10) depois de supostamente ter cantado a mulher de um conhecido. A vítima foi encontrada na Quadra 8 de Sobradinho, próximo a um supermercado e ao lado de uma clínica veterinária. O autor do crime, identificado como Luis Paulo do Nascimento Batista, 28 anos, e a companheira dele, Denilza Alves Pereira da Silva, 40, foram presos cerca de uma hora após o fato, no estacionamento de uma agência da Caixa Econômica Federal. O caso foi registrado na 13; Delegacia de Polícia (Sobradinho).

Policiais militares encontraram o casal na região da Quadra Central de Sobradinho. Segundo a PM, apesar de Luis Paulo ter desferido a facada, a mulher teria auxiliado na ação. Em depoimento, o autor do crime disse que a companheira não teve participação. Ela também afirmou à polícia que não estava no local do homicídio. Entretanto, imagens das câmeras de segurança da clínica veterinária mostram Denilza entregando uma faca serrilhada a Luis Paulo.

De acordo com o sargento Ronaldo Santos, responsável pela prisão dos envolvidos, as três pessoas se conheciam há algum tempo e vigiavam carros na região. "Eles vivem em situação de rua, são andarilhos. Vigiavam carros e, às vezes, até saíam para beber. Parece que a vítima já havia mexido com a mulher do autor outras vezes", relatou Ronaldo.

Os policiais também localizaram a faca usada no crime em um terreno próximo ao local do assassinato e a enviaram para perícia. A dupla foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML) e ficará detida enquanto aguarda decisão da Justiça.

De acordo com o delegado-chefe da 13; DP, Hudson Maldonado, após o assassinato, Luis Paulo chegou a trocar de camisa para não ser reconhecido. Ele e a companheira devem responder por crime de homicídio duplamente qualificado. "A primeira qualificadora é o motivo fútil, a cantada. A segunda trata-se da impossibilidade de defesa por parte da vítima, que dormia no momento em que foi esfaqueada duas vezes, segundo a perícia. A mulher responderá na condição de partícipe por ter fornecido a arma do crime", detalhou.

Ainda segundo o investigador, nenhum dos três tem passagens por outros crimes. "Verificou-se uma passagem por um crime em São Paulo, mas não houve cumprimento de pena devido a extinção de punibilidade. Ou seja, ele pode ter sido absolvido, pode não ter havido provas suficientes, o processo pode ter prescrevido. Para todos os efeitos, os três são réus primários", concluiu Hudson.

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