Cidades

Vivo deve mostrar projeto de recuperação de vão da Rodoviária esta semana

Responsável pelo rompimento dos cabos que sustentam a estrutura, a empresa tem até o fim desta semana para apresentar o projeto. Fluxo de pedestres e carros já foi liberado

Isa Stacciarini
postado em 15/10/2018 14:06
Uma área de 1,2 mil metros quadrados foi isolada logo após o incidente
A empresa de telefonia móvel Vivo, responsável pela obra que resultou no rompimento de alguns dos cabos que sustentam a Plataforma B da Rodoviária, tem até o fim da semana para apresentar um projeto de recuperação da estrutura. Na quarta-feira, funcionários que trabalhavam na obra cortaram 10 cabos que sustentam o pilar da estrutura.

"Nós analisaremos o laudo e vamos autorizar ou não a contratação da empresa especializada em recuperação de estrutura pela empresa de telefonia móvel. Nós acompanharemos a execução do serviço", afirma o presidente da Companhia Urbanizadora da Capital (Novacap), Julio Menegotto.
Logo após o rompimento dos cabos, na quarta-feira passada, uma área de 1,2 mil metros quadrados foi interdidata, e a passagem de pedestres e veículos foi proibida. Um laudo de engenharia, no entanto, constatou que, como apenas alguns dos vários cabos que sustentam o pilar haviam sido rompidos, o fluxo de pessoas e carros foi liberado no dia seguinte.
Menegotto, presidente da Novacap: 'Não risco nenhum de desabamento'"Interditamos o trecho imediatamente após tomarmos conhecimento por uma questão de segurança, porque não sabíamos a profundidade do dano e não colocaríamos em risco a segurança das pessoas;, explica Menegotto. "O laudo foi registrado junto ao Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) e, inclusive, um dos engenheiros que assina é o professor da UnB (Universidade de Brasília) Walmor Zeredo, um dos mais reconhecidos especialistas na área de recuperação de estrutura", acrescenta.

A única restrição é que o ônibus do BRT não passe em cima da área afetada, porque se trata de um veículo mais pesado que os demais. Já o trânsito de carros e coletivos convencionais nos dois estacionamentos acima da plataforma ocorre normalmente. "Mas não há nenhum risco de desabamento. Toda estrutura como essa tem uma reserva técnica na hora de dimensionar a estrutura. E foram afetados 15% dessa reserva técnica. Ou seja, estamos na margem de segurança;, ressalta.

Relembre o caso

O incidente ocorreu na quarta-feira da semana passada (10/10), depois que funcionários de uma empresa terceirizada romperam 10 dos 60 cabos de sustentação de um pilar da plataforma superior quando instalavam cabos de fibra ótica para o funcionamento de três antenas que transmitiriam internet sem fio da operadora Vivo.
Durante o serviço, um deles teria usado uma furadeira de forma negligente e rompido os cabos que sustentam uma das vigas da estrutura, ainda de acordo com Menegotto. Não havia autorização para fazer a intervenção.

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