Cidades

Preso por matar pai e mãe a facadas vai passar por exames psiquiátricos

O prazo para que as avaliações sejam feitas é de 45 dias. Enquanto isso, o processo do réu fica suspenso, mas ele continuará preso na Ala Psiquiátrica da Papuda

Bruna Lima - Especial para o Correio
postado em 18/10/2018 16:10
Chão ensanguentado
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) emitiu, nesta quinta-feira (18/10), a ordem para que os peritos realizem os exames psiquiátricos que vão avaliar a sanidade mental de Gabriel Lima Braga, 23 anos, acusado de matar o pai e a mãe a facadas, em Vicente Pires. O prazo para que as avaliações sejam feitas é de 45 dias.

Até que os resultados dos exames saiam, o processo contra Gabriel está suspenso. No entanto, ele continuará preso na Ala Psiquiátrica da Papuda. A decisão de submeter o jovem à avaliação é do dia 8 de outubro.
Nela, o juiz Gilmar Rodrigues da Silva considerou o registro dos policiais que entrevistaram o denunciado no dia do crime para justifica a necessidade dos laudos de sanidade mental. Segundo os autos, o denunciado "não falava nada com clareza, e pronunciava palavras inaudíveis", razão pela qual não foi possível interrogá-lo no dia da prisão.

O pedido partiu da defesa da vítima e o magistrado considerou que era necessário verificar "se o acusado possuía à época do fato eventual comprometimento da sua capacidade de entendimento e auto-determinação, condição específica para aferir sua imputabilidade penal e demais desdobramentos da ação penal".

Relembre o crime


Casal José Braga e Josenita Braga, esfaqueados pelo filhoNa madrugada de segunda-feira (13/8), após ao Dia dos Pais, Gabriel esfaqueou o pai, José Pereira Braga, 57, e a mãe, a pastora Josenita Lima Braga, 50, na casa onde os três moravam, em Vicente Pires. Em depoimento, Josenita, que morreu dias depois em razão dos ferimentos, informou que Gabriel já a havia ameaçado e batido no pai e que, por isso, só dormiam com as portas trancadas. Na noite do crime, no entanto, a chave do quarto do casal havia sumido.

Gabriel esfaqueou primeiro o pai, que morreu no local e golpeou a mãe no rosto, pescoço, braço e na barriga. Josenita contou que o filho dizia que os amava mas que "tinha de fazer aquilo". Foi a mulher quem acionou a polícia.

Quando a PMDF chegou ao local, o casal estava no chão, a casa, cheia de sangue e o jovem, no quarto. "Ele (Gabriel) tentou ir para cima. Falava que era o demônio, que estava com o capeta no corpo", relatou um dos policiais que atendeu ao chamado. A prisão em flagrante de Gabriel foi convertida em preventiva um dia após o crime. Desde então, ele segue preso.

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