Cidades

Festa inclusiva reúne mais de 600 pessoas no Parque da Cidade

Meninos e meninas com e sem deficiência brincaram juntos ontem de manhã em evento no Parque da Cidade, que reuniu também pais, professores, profissionais de saúde e outros interessados

Renata Rusky
postado em 20/10/2018 20:50
Isabela (ao centro) participou com os pais e a irmã
Na manhã deste sábado (20/10), o Parque Ana Lídia foi palco de uma festa inclusiva. O evento reuniu meninos e meninas com e sem deficiência para comemorar o mês das crianças. Doces, brinquedos infláveis, oficinas de desenho, partidas de futebol americano, apresentação de teatro, contação de histórias e rodas de conversa animaram a programação. No total, 600 pessoas compareceram ao Parque da Cidade, e a festa só não continuou por mais tempo porque a chuva, apesar de fraca, afastou parte dos visitantes.

;Quando falamos em evento inclusivo, as pessoas tendem a achar que é exclusivamente para o público especial. Mas, se não for para todos, não é inclusivo;, explica Gisele Gama, educadora e diretora do Instituto Sara e Sua Turma. A entidade que ela representa, em parceria com a Clínica Acreditar Habilitação Cognitiva e Social, foi a responsável pela organização do encontro, chamado ;É importante acreditar;.

Além de crianças, a manhã divertida reuniu pais, educadores e profissionais da área de saúde. ;A inclusão existe na teoria. Nós lutamos para que ela seja praticada e esta festa é um exemplo disso;, afirma Zizi Campos, psicopedagoga da Clínica Acreditar. Um caminhão de bombeiros estava por lá para saciar a curiosidade da molecada, que subia nele, tocava a sirene, falava no alto-falante. Matheus, 8, deve ter subido umas três vezes. Além disso, ele gostou muito dos brinquedos infláveis.

O pai, Daniel Henrique Alvez, 40, administrador, nunca havia participado de um evento inclusivo como esse e ficou feliz de poder oferecer isso ao filho, na companhia da mãe do menino, Karina Bronzon. E teve até desfile de moda. Crianças com diversos tipos de deficiência viraram modelo por um dia na passarela. Isabela Bicalho Resende Debrot, 11 anos, só não desfilou porque, quando chegou ao local, a atração estava no fim. Mesmo assim, adorou o encontro.

;Eu achei uma festa muito bonita;, diz a garota, que compareceu ao Parque da Cidade com os pais e a irmã. ;Nossa família é mineira, então, somos festeiros, mas é raro ter um evento assim aberto ao público e inclusivo;, afirma o pai da, Marcel Debrot, 64, jornalista. A irmã Sofia, 16, e a mãe Maria Luiza Debrot também se divertiram.

Quem é?

Sara, que dá o nome ao instituto e também a uma coleção de livros infantis (que foram distribuídos no evento), é a filha da professora e escritora Gisele Gama. Adotada com 1 ano e sete meses de idade por uma família uniparental e inter-racial, ela virou personagem dos livros da mãe. Já são 28, contando casos da relação da garota com familiares e amigos com deficiência. A obra também virou desenho animado. Saiba mais no site www.saraesuaturma.com.br.
Livros infantis Sara

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