Cidades

Golpistas arrecadam R$ 150 mil prometendo emprego na Câmara Legislativa

Pelo menos 60 pessoas foram enganadas por três mulheres, de acordo com a Polícia Civil. Elas prometiam vagas para cargos como consultor e analista

Augusto Fernandes
postado em 24/10/2018 12:11
As suspeitas cobravam por um falso curso preparatório que diziam ser necessário para a contratação da vítimas
Um trio de estalionatárias que oferecia vagas falsas de emprego na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) acabou preso, anunciou a Polícia Civil do DF nesta quarta-feira (24/10). De acordo com a Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), que investigava as três mulheres desde o início do mês, elas fizeram pelo menos 60 vítimas e arrecadaram mais de R$ 150 mil com o golpe.

Segundo a Corf, as suspeitas afirmavam que a CLDF realizaria as contratações em 16 de outubro para cargos como consultor, executor, analista legislativo e financeiro, e que as vítimas tinham sido selecionadas. No entanto, para ser contratada, a pessoa tinha de pagar R$ 2,6 mil por um curso preparatório. O dinheiro arrecadado era transferido para uma conta corrente no nome do filho de 6 anos de uma das criminosas.


Prisão preventiva

Duas das integrantes do grupo foram presas em flagrante no início do mês. Ainda de acordo com a Corf, Adriana de Moura Nardelli e Yara Soares Gomes, ambas de 38 anos, foram detidas em 1; de outubro enquanto administravam uma das aulas do falso curso. Contudo, após audiência de custódia e pagamento de fiança no valor de R$ 52 mil cada, foram liberadas no dia seguinte.

Já a mulher apontada pela polícia como líder do trio, Vanessa Gomes da Silva, 40, foi detida preventivamente na última sexta-feira (19/10). Agentes da Corf cumpriram mandado de busca e apreensão na casa dela e encontraram diversos currículos, comprovantes de depósitos e R$ 5 mil em espécie. De acordo com a Polícia Civil, desde 2000 Vanessa responde a outros 10 inquéritos pela prática de estelionato.

Adriana, Vanessa e Yara responderão pelos crimes de associação criminosa e por nove estelionatos. Um quarto integrante do grupo está foragido. A Corf continuará investigando para localizá-lo e verificar se mais pessoas caíram no golpe.

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