Cidades

Rollemberg desafia Ibaneis e critica ausência do adversário em debate

Em entrevista ao Correio, o governador explorou a ausência do rival, que faltou ao debate programado com antecedência com a equipe de assessores: "Será que ele está escondendo algo muito grave? Será que ele não tem condições de explicar essa demagogia que ele está fazendo?"

Roberto Fonseca
postado em 24/10/2018 19:51
Em entrevista ao Correio, o governador explorou a ausência do rival, que faltou ao debate programado com antecedência com a equipe de assessores:
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) atacou o rival na disputa pelo Palácio do Buriti, Ibaneis Rocha (MDB), em entrevista concedida ao Correio Braziliense, transmitida ao vivo pela TV Brasília no começo da noite desta quarta-feira (24/10). Ibaneis faltou ao debate programado com antecedência com os assessores dos dois concorrentes ao Governo do Distrito Federal. Como prevê o inciso 3 do artigo 40 da Resolução n; 23.551/2017 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o tempo destinado foi convertido em entrevista com o candidato que compareceu, no caso, o governador que tenta a reeleição. "O candidato Ibaneis mostra um desprezo muito grande, uma situação de arrogância. Será que ele está escondendo algo muito grave? Será que ele não tem condições de explicar essa demagogia que ele está fazendo? Será que ele não tem como explicar esse crime eleitoral que ele cometeu?", questionou Rollemberg.

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Durante os três blocos de entrevista, Rollemberg explorou a ausência de Ibaneis. Citou em quatro oportunidades a denúncia de compra de votos contra o candidato do MDB por abuso de poder econômico. Na reta final do primeiro turno, sete concorrentes ao Buriti apresentaram uma representação no Ministério Público Eleitoral. Entre as acusações, está a promessa de Ibaneis de reconstruir casas derrubadas pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) com o próprio dinheiro.

"Isso não é uma batalha minha. É uma batalha que está no âmbito da Justiça. O candidato reiterou que ele fazia o que quisesse com o dinheiro dele, quando a legislação eleitoral é muito clara. Dentro do processo eleitoral, não se pode comprar voto. Eu tenho muita conviccção de que esse é um dos motivos pelo qual ele está fugindo dos debates. Ele não consegue responder", afirmou o governador. "Certamente será cassado", completou, sinalizando que haverá uma espécie de terceiro turno nas eleições, desta vez na Justiça, caso Ibaneis vença a disputa no próximo domingo (28/10).
Rollemberg também subiu o tom contra os aliados de Ibaneis. Citou o ex-deputado distrital Junior Brunelli, um dos protagonistas da oração da propina ; um dos episódios mais famosos da Operação Caixa de Pandora ;, e o ex-vice-governador Tadeu Fillippelli (MDB). "Há um ditado popular muito famoso: passarinho que anda com morcego dorme de cabeça para baixo. Todos os diabos que o Jofran (Frejat) não quis ao seu lado estão com o Ibaneis, inclusive os da Caixa de Pandora", citou Rollemberg, em referência à frase de Frejat quando desistiu de ser candidato a governador do DF: "Tem gente que fez pacto com o diabo. Eu não vou vender a minha alma".

O atual governador também mostrou confiança de que ainda pode virar o jogo, apesar de as pesquisas de intenção de voto apontarem um cenário adverso ; levantamento do Correio divulgado ontem mostra que Ibaneis Rocha tem 75,6% dos votos válidos e Rollemberg, 24,4%. "Sempre estive confiante de que estaria no segundo turno. "Eu tenho convicção que a população que ainda não definiu o seu voto virá para o nosso lado. Metade dos eleitores dele não tem convicção do voto", garantiu.

Entre as propostas discutidas, Rollemberg citou a importância do ajuste fiscal realizado desde que assumiu o governo; a promessa de abrir 25 mil vagas em creches e educação infantil; a conclusão de obras viárias e ciclovias; e melhoria da infraestrutura de Vicente Pires, castigada pela chuva dos últimos dias. "Vamos levar todos todos os equipamentos públicos necessários."

"Cumpri a minha missão com responsabilidade de governador de Brasília. Vamos concluir o nosso governo com a folha de pagamento totalmente paga no exercício financeiro. Foram as contas arrumadas que permitiram que os servidores públicos e os prestadores de serviços recebessem em dia. Queremos entrar em janeiro de 2019 com muito gás, concluindo tudo aquilo que não conseguimos concluir em 2018", concluiu Rollemberg, na entrevista de uma hora de duração. Confira abaixo a transcrição em tempo real:

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