Bruna Lima - Especial para o Correio
postado em 25/10/2018 23:20
Sem enfrentar mais uma vez o adversário Ibaneis Rocha (MDB), que se ausentou do debate da Rede Globo entre os candidatos ao Governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) aproveitou 20 minutos de entrevista para apresentar propostas, fazer uma análise das realizações de governo e criticar não só a escolha do concorrente de não comparecer ao confronto, mas também as propostas de governo. Ele mencionou ainda processo judicial a que o emedebista está respondendo.
O governador e candidato à reeleição voltou a afirmar que o adversário, se eleito, será cassado pelo crime de compra de voto e de abuso do poder econômico, o que provocaria uma nova eleição. Quanto às propostas de Ibaneis, o candidato do PSB criticou as promessas de paridade entre a Polícia Federal e a Civil, além do aumento para a PMDF e a outras 32 categorias de servidores. Segundo Rollemberg, os aumentos gerariam um rombo de R$ 4 bilhões. "Você acha que ele conseguiria cumprir as promessas de aumento, reduzir impostos? Causaria caos e é matematicamente impossível. Geraria greves, operações tartaruga", disse.
Questionado sobre o deficit estimado de R$ 600 milhões, Rollemberg frisou que, apesar das contas no vermelho, o governo conseguiu reduzir de R$ 3 bilhões o rombo e garantiu: "Nós acabamos com as pedaladas, estamos com as contas arrumadas, pagando todo mundo em dia. Vamos acabar com esse débito com o aumento da arrecadação, que já está se confirmando".
Rollemberg aproveitou o espaço para falar de questões como as obras do Trevo de Triagem Norte, a expansão do Metrô, investimentos para conter a crise hídrica e obras de infraestrutura em cidades como Vicente Pires. O candidato à reeleição admitiu, no entanto, que houve demora nas intervenções da cidade. "Há transtorno para moradores e nós pedimos desculpas, mas isso vai trazer uma qualidade de vida enorme para as pessoas. Vicente Pires vai ser um dos melhores lugares para se morar", disse.
No âmbito da saúde, Rollemberg prometeu reformar vários hospitais, com pequenas reformas, além de construir unidades básicas de saúde. "Estamos licitando 15 novas." Disse que já há, inclusive, recursos federais para a construção de um novo hospital em Ceilândia e que será possível abrir o edital ainda este ano. "Ceilândia é uma grande metrópole. Aquele hospital não comporta mais aquele tanto de gente. Nós precisamos, sim, de um novo. Temos experiência, porque, apesar das dificuldades econômicas, construímos o novo Hospital da Criança", afirmou.
Nas considerações finais, o governador aproveitou para pedir o voto do eleitor prometendo uma "Brasília sem corrupção, com educação, saúde, moradia digna". Firmou, ainda, o compromisso em continuar investindo em infraestrutura, esporte, lazer e cultura.