No colégio Dínatos, na Asa Sul, o primeiro eleitor que chegou para votar foi o autônomo Artur Benevides, 53 anos. Às 7h30, ele já estava aguardando a abertura das cabines de votação, o que ocorre somente às 8h. "No primeiro turno, peguei muita fila, porque na minha seção tem muito idoso. Por isso, dessa vez, quis vir logo", contou.
Arthur disse que até a chegada ao colégio eleitoral ainda não tinha os candidatos escolhidos. "Estava em dúvida, porque falta proposta e tem muita troca de acusações, o que é muito triste. A população quer ver proposição. Espero, como eleitor, um país mais igual com oportunidades de educação, mais segurança, saúde, moradia e transporte de qualidade", destacou.
Até as 8h30, o movimento era tranquilo no colégio. Apesar de haver filas em algumas salas, os eleitores não demoravam mais de um minuto para escolher dois candidatos a governador e presidente. As imediações do colégio estavam limpas, sem santinhos de candidatos no chão, nem materiais de campanha.
Demandas
Eleitores do Recanto das Emas também aproveitaram para chegar cedo ao Centro de Ensino Fundamental 101. Às 7h30, havia fila em frente à escola. O auxiliar de serviços gerais Manoel Oliveira, 54, foi o primeiro a chegar, às 6h50. "Tenho tanta coisa pra fazer hoje que preferi vir logo. Não acompanhei os debates, mas, mesmo assim, eu cheguei com meus candidatos definidos", disse.
A aposentada Maria Luiza do Nascimento, 67, também se adiantou. Apesar de não ser mais obrigada a votar, faz questão de participar, e tem esperança no futuro do país. "Eu sempre espero o melhor. Saúde e educação são as coisas de que mais precisamos", relata.
Em Ceilândia, Elzita Borges, 62, compareceu no início do dia ao Centro de Ensino Fundamental 35 para exercer a cidadania por meio do voto. "Como eu trabalho todos os outros dias, vim logo cedo para aproveitar o resto do domingo, único dia de descanso na semana", conta.
Na hora de escolher os candidatos, a servidora do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) levou em conta, principalmente, a questão da saúde pública. "É um sacrifício ter atendimento hoje, tanto que eu já vi gente morrer esperando socorro em hospital público", lamenta. A votação vai até as 17h em todo o Brasil.