Cidades

Mulher que prometia empregos na Câmara Legislativa ficará presa em casa

Vara Criminal e Tribunal do Júri de Águas Claras concedeu prisão domiciliar à mulher que chefiava grupo de estelionatárias e aplicou golpe em pelo menos 60 pessoas

Augusto Fernandes
postado em 30/10/2018 15:25
Com a ajuda de outras duas mulheres, Vanessa Gomes da Silva prometia empregos para os cargos de consultor, executor, analista legislativo e financeiro
Onze dias após ser detida pela Polícia Civil, Vanessa Gomes da Silva, 40 anos, uma das integrantes do , teve a prisão preventiva convertida em domiciliar.

A decisão partiu do juiz Gilmar Rodrigues, da Vara Criminal e Tribunal do Júri de Águas Claras. Nesta segunda-feira (29/10), ele pediu à Penitenciária Feminina do DF que Vanessa fosse imediatamente solta para aguardar o julgamento fora da prisão. Além disso, o magistrado aplicou medidas cautelares alternativas à mulher.

"O comparecimento mensal em juízo, a fim de informar e justificar suas atividades, bem como atualizar ou ratificar o endereço onde possa ser encontrada; e a proibição de ausentar-se do Distrito Federal, sem prévia comunicação ao juízo, especificando o prazo de afastamento, o qual não poderá ser superior a trinta dias, e o local onde poderá ser encontrada", estabeleceu o juiz Gilmar Rodrigues.

Ainda de acordo com a decisão judicial, caso Vanessa descumpra as medidas, ela voltará a ser presa de maneira preventiva. Por enquanto, a mulher ainda não foi condenada pelo golpe que aplicou com as promessas falsas de emprego. Contudo, pode responder pelos crimes de associação criminosa e estelionatos.

Segundo a Polícia Civil, desde 2000 Vanessa responde a outros 10 inquéritos pela prática de estelionato.

Trio ganhou mais de R$ 150 mil

Vanessa agiu com o auxílio de mais duas mulheres: Adriana de Moura Nardelli e Yara Soares Gomes, ambas de 38 anos. As cúmplices haviam sido presas em 1; de outubro, mas pagaram fiança de R$ 52 mil no dia seguinte, e foram liberadas pela Justiça. Elas enganaram, no mínimo, 60 pessoas.

De acordo com a investigação policial, as mulheres afirmavam que a CLDF realizaria contratações em 16 de outubro para cargos como consultor, executor, analista legislativo e financeiro, e que as vítimas tinham sido selecionadas.

No entanto, para ser contratada, a pessoa tinha de pagar R$ 2,6 mil por um curso preparatório. O dinheiro arrecadado era transferido para uma conta corrente no nome do filho de 6 anos de uma das criminosas.

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