Cidades

Acusado de assassinar DJ no Conic vai a júri popular nesta terça

Crime aconteceu em julho de 2017. Lucas Albo agrediu a ex-namorada em uma festa, mas Yago a defendeu. Em seguida, foi morto a tiros

Mariana Machado
postado em 05/11/2018 22:53
Lucas Albo está preso desde 2017. À polícia, disse que não queria matar ninguém, apenas dar um susto
Lucas Albo de Oliveira, 23, será julgado às 9h de terça-feira no Tribunal do Júri de Brasília. Ele é acusado de homicídio triplamente qualificado, por assassinar o DJ Yago Linhares Sik, 23, na madrugada do dia 2 de julho, quando o DJ saía de uma festa no Conic. Ele também responde por agressão e ameaça de morte à ex-namorada, Marcela Martinelli Brandão.
No dia do crime, Lucas estava em uma festa quando discutiu com Marcela por ciúmes, e por isso ela o levou para casa e retornou ao evento em seguida. Um pouco mais tarde foi surpreendida ao ver que ele tinha voltado também. Lucas a agrediu, mas ela foi defendida por Yago. O agressor foi retirado do ambiente, mas ficou do lado de fora onde esperou pelo DJ.
Ele chegou a enviar mensagens de texto para Marcela, ameaçando de morte ela e Yago. Assim que saiu do local, Lucas disparou duas vezes contra o DJ, que estava de mãos dadas com a namorada, Bárbara Rodrigues. Câmeras de segurança do prédio filmaram tudo.
Depois de atirar, ele se escondeu na casa de conhecidos em São Sebastião, até ser preso no dia 4 de julho. A prisão se deu depois de negociações entre a Polícia Civil e o advogado de defesa, que pediu que ele não fosse apresentado à imprensa. Lucas já tinha sido detido duas vezes antes por porte de arma de fogo. Ao ser apresentado à polícia, chorou muito e negou o uso de qualquer tipo de entorpecentes. Na delegacia, confessou o crime dizendo que "não queria matar, só dar um susto".
O acusado foi transferido para a Papuda em 7 de julho de 2017 e indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ameaça e injúria.
Em decisão de novembro do ano passado, o juiz Paulo Rogério Santos Giordano, da 11; Vara do Tribunal do Júri de Brasília, negou possibilidade do réu responder em liberdade. "Trata-se de indivíduo que no caso concreto demonstrou periculosidade, atingindo intensamente a paz social de toda uma comunidade. Em liberdade, portanto, é uma ameaça à ordem pública", afirmou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação