Alan Rios
postado em 06/11/2018 10:48
Três homens presos acusados de caixas eletrônicos no Distrito Federal podem ter causado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão. Além da alta quantia, também chamou a atenção dos agentes a estratégia usada pelo grupo. Os integrantes da quadrilha foram presos durante a Operação Latus, da Polícia Civil em São Paulo e no Paraná.
Waldemar Antônio Tassara, Coordenação Especial de Repressão à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária da Polícia Civil do Distrito Federal (CECOR), explicou o modus operandi da quadrilha, que se dividia em duas partes. "É uma ação muito característica. Às 6h, dois ou três dos membros da quadrilha iam até a agência bancária, quando estava completamente vazia, pela entrada do caixa eletrônico, iam na porta lateral, arrombavam a fechadura e deixavam a porta fechada, mas destravada."
Após todo esse processo pela manhã, eles só voltavam ao banco horas depois, em um momento estrategicamente planejado, visando o horário em que o dinheiro dos caixas era recolhido da agência. "Por volta de 5 minutos antes das 16h, voltavam mais dois ou três suspeitos e distraiam os funcionários enquanto outros dois entravam na porta lateral, já arrombada. Eles então rendiam o tesoureiro sob ameaça, que estava exatamente naquele momento fazendo a retirada do dinheiro dos caixas eletrônicos", detalhou Waldemar.
O crime organizado era tão eficaz que o grupo agia em, pelo menos, mais dois estados. Os três membros da quadrilha presos moravam em Londrina, no Paraná. Eles saiam da região onde estavam para realizar o assalto e voltavam ao Sul do país. Só no DF, pelo menos três casos de assalto a bancos foram cometidos por essa associação, em 2012, 2017 e 2018. As investigações mostram ainda que os presos podem ter agido com ajuda de mais outros criminosos, que estão sendo procurados.