Jornal Correio Braziliense

Cidades

Defesa de prefeito de Planaltina de Goiás entra com pedido de habeas corpus

Um dos advogados do prefeito preso disse esperar uma resposta da comarca local sobre a soltura do político até esta sexta (9/11)

A defesa de André Luiz Magalhães (PRB) entrou com um pedido de habeas corpus a favor do político esta quarta-feira (7/11). Pastor André, como é conhecido, é prefeito-tampão de Planaltina de Goiás e é suspeito de interferir em uma operação do Ministério Público goiano sobre o superfaturamento e fraude em licitações de uma obra da Câmara Municipal.


O pastor era presidente da Casa quando a obra foi executada, no início do ano passado, e passou a ocupar o cargo no Executivo após a Justiça Eleitoral do Estado cassar o prefeito eleito, David Alves Teixeira Lima, e a vice, Maria Aparecida dos Santos (ambos do Pros), por compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2016. O pastor assumiu o cargo em 20 de agosto.

A licitação e as obras investigadas pelo MPGO ocorreram quando Pastor André era presidente da Casa Legislativa local. Ele já tinha sido convocado para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido outras vezes. Estima-se que rombo nos cofres públicos do município, distante 63,3km da capital federal, tenha chegado a R$ 500 mil.

Assume no lugar do religioso o atual presidente do Câmara, Hernandes Ferreira e, em seguida, na próxima terça, 13 de novembro, o novo prefeito eleito, Eles Reis (PTC). Um dos advogados do prefeito preso, Paulo Aguiar, disse esperar uma resposta da comarca local sobre a soltura do político até esta sexta (9).

Operação Mãos à Obra


O MPGO deflagrou a Operação Mãos à Obra na madrugada desta terça (6). O órgão cumpriu cinco mandados de prisão temporária e três preventivas (incluindo o do pastor), além de 14 mandados de busca e apreensão em Planaltina de Goiás, em Goiânia, no município de Formosa e no Guará.

Os envolvidos responderão por associação criminosa, fraude em licitação, falsidade de documento público e particular, falsidade ideológica e peculato. De acordo com o promotor responsável pelo inquérito, Rafael Simonetti, as investigações prosseguem.