Cidades

Defesa de prefeito de Planaltina de Goiás entra com pedido de habeas corpus

Um dos advogados do prefeito preso disse esperar uma resposta da comarca local sobre a soltura do político até esta sexta (9/11)

Luiz Calcagno
postado em 07/11/2018 18:53

Pastor André, prefeito-tampão de Planaltina de Goiás, é suspeito de interferir em uma operação do Ministério Público goiano sobre o superfaturamento em uma obra da Câmara Municipal

A defesa de André Luiz Magalhães (PRB) entrou com um pedido de habeas corpus a favor do político esta quarta-feira (7/11). Pastor André, como é conhecido, é prefeito-tampão de Planaltina de Goiás e é suspeito de interferir em uma operação do Ministério Público goiano sobre o superfaturamento e fraude em licitações de uma obra da Câmara Municipal.


O pastor era presidente da Casa quando a obra foi executada, no início do ano passado, e passou a ocupar o cargo no Executivo após a Justiça Eleitoral do Estado cassar o prefeito eleito, David Alves Teixeira Lima, e a vice, Maria Aparecida dos Santos (ambos do Pros), por compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2016. O pastor assumiu o cargo em 20 de agosto.

A licitação e as obras investigadas pelo MPGO ocorreram quando Pastor André era presidente da Casa Legislativa local. Ele já tinha sido convocado para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido outras vezes. Estima-se que rombo nos cofres públicos do município, distante 63,3km da capital federal, tenha chegado a R$ 500 mil.

Assume no lugar do religioso o atual presidente do Câmara, Hernandes Ferreira e, em seguida, na próxima terça, 13 de novembro, o novo prefeito eleito, Eles Reis (PTC). Um dos advogados do prefeito preso, Paulo Aguiar, disse esperar uma resposta da comarca local sobre a soltura do político até esta sexta (9).

Operação Mãos à Obra


O MPGO deflagrou a Operação Mãos à Obra na madrugada desta terça (6). O órgão cumpriu cinco mandados de prisão temporária e três preventivas (incluindo o do pastor), além de 14 mandados de busca e apreensão em Planaltina de Goiás, em Goiânia, no município de Formosa e no Guará.

Os envolvidos responderão por associação criminosa, fraude em licitação, falsidade de documento público e particular, falsidade ideológica e peculato. De acordo com o promotor responsável pelo inquérito, Rafael Simonetti, as investigações prosseguem.

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