Cidades

PCDF prende casal de traficantes que negociava drogas pelo WhatsApp

Os criminosos vendiam drogas sintéticas por meio de grupos do aplicativo e enviavam a mais de 12 unidades da Federação pelos Correios

postado em 12/11/2018 14:53
As drogas eram embaladas em material personalizado e incluíam até códigos de rastreamento A Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) da Polícia Civil do DF prendeu, na última sexta-feira (9/11), em São Paulo, um casal de traficantes que fornecia drogas sintéticas para mais de 12 estados, além do Distrito Federal. A venda das drogas era negociada pela WhatsApp.

Na residência do casal, em São Paulo, a equipe da Cord encontrou 250 comprimidos de ecstasy, 500 comprimidos de NBOH - alucinógeno também conhecido como ;N-Bomb; -, 10g de cristais puros de MDMA, uma balança de precisão, além de um grande estoque de embalagens, envelopes, caixas e sacos plásticos personalizados, utilizados para o envio das drogas aos usuários.

O casal foi preso e encaminhado ao sistema prisional do DF. A Polícia Civil informou que pretende enviar um relatório às equipes de investigação dos estados para onde as vendas eram direcionadas para que sejam identificados os ;subtraficantes; - responsáveis pelo recebimento das drogas.
A equipe de investigação cumpriu no DF três mandados de busca e apreensão nas casas de usuários e traficantes ligados ao casal. Os policiais apreenderam em flagrante dois adolescentes, que portavam drogas vendidas pelo casal, e mais uma pessoa, suspeita de ser um dos subtraficantes.
Após serem embaladas, os diversos tipos de drogas sintéticas eram enviados ao DF e a mais 12 estados do país

Esquema sofisticado

Segundo a Polícia Civil, o casal de traficantes utilizava três grupos de WhatsApp, compostos por centenas de usuários, para oferecer as drogas. Nos mesmos grupos era feita a negociação dos entorpecentes. O pagamento era feito em contas de laranjas e as drogas, enviadas pelos Correios. A sofisticação do esquema permitia a venda para usuários de estados mais distantes, como Amazonas e Santa Catarina.

A Polícia Civil explicou ainda que o casal enviava códigos de rastreios aos compradores para que fosse comprovada a entrega da mercadoria e pediam que os usuários mandassem aos grupos vídeos comprovando o recebimento. Eles também utilizavam os grupos para anunciarem propagandas e mesmo promoções das vendas das drogas. Até mesmo brindes eram enviados para aqueles que fizessem grandes compras.

A operação que permitiu a prisão do casal de traficantes só foi possível depois que a Polícia Civil obteve cooperação dos Correios, da Vara de Entorpecentes do TJDFT e da Promotoria de Entorpecentes, como explicou o Delegado-Chefe da Cord, Luiz Henrique Dourado. Ele também reforçou que a Polícia Civil do DF adotou novas estratégias para identificar o tráfico de drogas virtual.

;Essa nova estratégia visa retirar desses traficantes a ilusão de que se encontram protegidos no suposto anonimato desses aplicativos de celular. A Cord tem conseguido interceptar essas comunicações e não medirá esforços para trazer todos esses traficantes para responder por seus atos perante a Justiça do DF;, finalizou o delegado.

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