Cidades

Advogado e bombeiro são investigados por grilagem de terra no Gama

Além dos dois, polícia investiga a participação de outras sete pessoas no esquema

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 13/11/2018 21:50

Além dos dois, polícia investiga a participação de outras sete pessoas no esquema Um bombeiro militar do Distrito Federal e um advogado são investigados por participarem de um esquema criminoso de loteamento irregular do solo no Núcleo Rural Ponte Alta Norte, no Gama. A primeira fase da Operação Esmeralda foi deflagrada nesta terça-feira (13/11), pela Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema). Computadores, tablets, celulares, chegues e mapas da área foram apreendidos por agentes. Ninguém foi preso.

Segundo a delegada Marilisa Gomes, chefe da Dema, o grupo trabalha como participantes do ;Residencial Esmeralda;, que dividiu uma área de 2 hectares, por meio de muros de alvenaria, em 40 lotes. Os lotes que variam de 200m; a 2200m; eram vendidos de R$ 65 mil a R$85 mil. O lucro estimado dos criminosos é de R $3,4 milhões.

A quadrilha foi identificada em dezembro do ano passado, por meio da Operação Ponte Alta 6, deflagrada em dezembro de 2017, como delimita a delegada Marilisa Gomes, chefe da Dema. "À época, apreendemos documentos que mostravam os parcelamentos de loteamentos em áreas irregulares, que são de propriedade da Novacap", explica.

A área de 2 hectares foi cedida para um agricultor, que revendeu irregularmente o solo. "O que chamou a nossa atenção é que havia a intalação elétrica na região. Entramos em contato com a CEB e, por meio de ofício, nos explicaram que desde 1989 tinha a ligação, a pedido do agricultor. Contudo, em janeiro, houve um pedido para religar a energia, a pedido desta associação", delimita a delegada.

Com os materiais e informações coletadas nesta operação, os agentes continuarão investigando o grupo. Os envolvidos serão indiciados por associação criminosa, falsificação documental, parcelamento irregular de solo para fins urbanos e lavagem de dinheiro. As pessoas que compraram os lotes poderão ser autuadas como participantes no parcelamento do solo.

Os policiais cumpriram quatro de busca e apreensão em Vicente Pires, no Park Way e no Gama. Os envolvidos têm antecedentes criminais por delitos como parcelamento irregular do solo para fins urbanos, dano ambiental, contrabando ou descaminho, falsidade ideológica, apropriação indébita, porte ilegal de arma de fogo, estelionato, violência doméstica e associação criminosa.

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