Cidades

Rafael Parente diz que prioridade é modernizar sistema educacional do DF

Futuro secretário de Educação do DF quer conhecer melhor a realidade da capital federal, mas indica prioridades da pasta na transição

Cézar Feitoza - Especial para o Correio
postado em 13/11/2018 20:58

Rafael Parente destaca melhorias na estrutura e início do ano letivo de 2019 como foco na transição

O futuro secretário de Educação do Distrito Federal, Rafael Parente, defende a modernização e a consolidação das escolas como espaços "acolhedores e inspiradores", tanto para professores quanto para alunos. Em sua primeira coletiva de imprensa após a indicação do governador eleito, Ibaneis Rocha (MDB), o doutor em Educação afirmou que precisa conhecer melhor a realidade do Distrito Federal para traçar os planos da pasta nos próximos quatro anos.

"O que sabemos é que a gente precisa investir na infraestrutura das escolas. A gente precisa investir na formação continuada dos professores, na criação de espaços acolhedores, para que alunos e professores possam ir, e gostar das escolas. A gente precisa criar espaços que sejam inspiradores", disse o futuro secretário de Educação do DF.

Mesmo tendo aceito o convite para comandar a pasta nesta terça-feira (13/11), Parente já projeta as prioridades para este período de transição. "A gente precisa garantir que as escolas vão começar o ano letivo com tudo preparado, que as crianças tenham o material didático, que os professores estejam bem, que não faltem professores nas escolas, que não falte material para as crianças. Acho que essa vai ser a nossa prioridade", indica.

Rafael Parente nasceu e cresceu em Brasília. Filho da professora Maria Luce de Carvalho e do ex-ministro da Casa Civil, do Planejamento e ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, ele é doutor em educação pela Universidade de Nova York. Atualmente é diretor-executivo da Edufuturo, empresa de inovação na educação e impacto social. Já foi subsecretário de Educação da prefeitura municipal do Rio de Janeiro, entre 2009 e 2013.

O doutor em educação acredita que a experiência como gestor na capital fluminense e na área acadêmica podem colaborar em sua gestão no DF. "Durante os nossos quatro anos lá no Rio de Janeiro, a gente conseguiu construir mais de 200 espaços de desenvolvimento infantil, que eram, na verdade, uma união da creche com a educação infantil. Não entendo porque isso não aconteceu aqui, durante o governo que está sendo encerrado agora. Preciso entender melhor o que foi, talvez questão de verba", imagina.

A médio prazo, a proposta do futuro secretário de Educação é modernizar o sistema educacional do DF, que ele considera "ultrapassado". "O que acontece hoje é que para esses alunos nativos digitais a escola é desinteressante, é irrelevante. A evasão é só uma consequência. Nós precisamos fazer com que as escolas voltem a ser espaços acolhedores, inspiradores, que façam sentido na vida de nossas crianças e jovens, que sejam interessantes;, acredita.

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