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Córrego transborda, engole asfalto e via de Vicente Pires é interditada

A EPVP chegou a ser interditada logo pela manhã depois que parte da ciclovia ficou destruída devido a força da água, não houve acidentes

Luiz Calcagno
postado em 16/11/2018 08:21
Córrego transbordou e causou estragos na pista, em Vicente Pires A chuva na manhã desta sexta-feira (16/11) provocou transtornos no trânsito em diversos pontos do Distrito Federal. No mais grave deles, um córrego transbordou na Estrada Parque Vicente Pires (EPVP) e um grande engarrafamento se formou no local.

O incidente aconteceu no trecho que passa por trás de Águas Claras e que dá acesso à Estrada Parque Taguatinga (EPTG) na altura do Viaduto Israel Pinheiro. A água tomou os dois sentidos da pista.
O Corpo de Bombeiros cuida do isolamento do local. Nenhum carro foi atingido, mas a via ficou completamente interditada. Por causa dos estragos causados pela chuva, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) liberou a faixa exclusiva da EPTG e da EPNB para todos os carros.
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A água erodiu a terra do lado esquerdo da ponte, destruindo parte da ciclovia, e, na parte central da via, o lado direito. Às 8h, a correnteza no corrego ainda era forte. Veja o vídeo
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Quem mora ou passa pela ponte que alagou e erodiu na EPVP diz que a formação de crateras nos arredores da edificação são comuns após a chuva e que há três semanas o GDF já havia jogado terra no local.

O comerciante Paulo Pereira, 40 anos, mora em uma chácara bem ao lado da ponte. Ele acredita que o desastre já era esperado, pois o volume do córrego Samambaia subiu por receber o esgoto e a captação de água pluvial de Samambaia e Águas Claras.
"O córrego também está erodindo um pedaço do nosso terreno. Toda chuva, abre um buraco ao lado do viaduto. Só que, dessa vez, foi mais forte. A ultima reposição de terra que fizeram não tem três semanas", relatou Paulo.
E na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) Norte, a quantidade de água na pista também mobilizou agentes do DER. Segundo informações da comunicação do órgão a faixa inversa da rodovia foi interditada temporariamente.
Na região há muito concreto e asfalto. Portanto, pouca permeabilidade do solo. Neste momento, segundo o agente do DER Hélio Brasil, duas faixas da EPVP estão liberadas em ambos os sentidos.

Depoimentos

Quem mora ou passa pela ponte que alagou e erodiu na EPVP diz que a formação de crateras nos arredores da edificação são comuns após a chuva e que há três semanas o GDF já havia jogado terra no local.

O comerciante Paulo Pereira, 40 anos, nora em uma chácara bem ao lado da ponte. Ele acredita que o desastre já era esperado, pois o volume do córrego Samambaia subiu por receber o esgoto e a captação de água pluvial de Samambaia e Águas Claras.

Ainda há risco de novos desabamentos na erosão ao lado da ponte da Estrada Parque Vicente Pires (EPVP). Segundo Márcio Buzar, diretor do Departamento de Estradas de Rodagem, funcionários do órgão terão que escavar a terra para recompor a estrutura ao lado da edificação no sentido Águas Claras.

Os técnicos dos órgãos ainda avaliam quanfo as vias serão liberadas. A Defesa Civil e o DER chegaram a cogitar o risco de afundamento da base da ponte na via de sentido oposto. Mas descartaram a possibilidade. O local também receberá um reforço de terra e pedras.

Buzar disse que parte do problema ocorreu porque dois canos da Companhia de Saneamento Ambiental que passam sob a ponte na via sentido Águas Claras diminuem o espaco de passagem abaixo da pista. As estruturas acumularam grande quantidade de árvores, mato e lixo arrastados pela força da correnteza, formando uma barreira que impediu parte da vasão da água.

Apesar dos estragos, o diretor do DER afirmou que é uma obra simples. O DER e a Defesa Civil pediram para a Caesb retirar o encanamento, mas não há previsão para esta obra. "Os canos (da Caesb) serviram como uma barreira. A natureza está mudando também. Não tem jeito. Essa noite choveu muito. Ininterruptamente", disse.

"O fato de o rio receber a água pluvial de Águas Claras e Vicente Pires também interfere. Bem como a ocupação desordenada do solo, que impermeabiliza a região e a água não entra no solo e escoa pra onde dá. Já havíamos feito a recomposição de terra antes. Vamos ter que escavar para saber o quanto de terra foi perdido e só podemis reforçar a partir do ponto em que a terra estiver firme", detalhou Buzar.

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