Cidades

Júri condena homem que matou a mulher enquanto ela dormia

Misael William Matos terá de cumprir mais de 30 anos de prisão, inicialmente em regime fechado

Cézar Feitoza - Especial para o Correio
postado em 26/11/2018 21:25
Misael William Matos foi preso seis horas após o crime, enquanto bebia cerveja em um barO Tribunal do Júri de Sobradinho condenou, nesta segunda-feira (26/11), o homem que matou a mulher a facadas enquanto ela dormia. Misael William Matos cumprirá pena de 30 anos, dois meses e 20 dias de reclusão, inicialmente em regime fechado, pelo crime de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio.

O crime ocorreu em abril de 2016, enquanto Edinalva Cardoso da Silva dormia. Segundo relatos de conhecidos, o relacionamento do casal era conturbado. A vítima teria denunciado Misael por violência doméstica e receberia uma medida restritiva do marido. Entretanto, o benefício foi revogado a pedido dela.

O júri popular acatou integralmente a tese acusatória do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O promotor de Justiça responsável pelo caso destacou o perfil de Misael como de um alcoólatra e usuário de drogas ; como consta na denúncia, o réu saiu para tomar cerveja após matar a mulher. Como reforço à acusação, a prisão do acusado ocorreu seis horas após o assassinato, enquanto ainda bebia.

Ao justificar a pena, o juiz Caio Todd Silva Freire abordou a conduta social de Misael. "Embora relatos testemunhais dessem conta de que se apresentava de forma pacífica fora de casa, os filhos da vítima e a funcionária da casa afirmaram que, durante os 20 anos de casamento, Misael era autor de violência psicológica e moral contra a vítima", destacou.

O magistrado ainda comentou acerca da tentativa da defesa de tentar comprovar a insanidade mental do acusado, que não foi comprovada. "Conforme laudo de exame psiquiátrico juntado aos autos, Misael simulou psicopatologia ou alegada loucura durante a entrevista, fornecendo respostas incoerentes a fim de convencer o entrevistador de suposta loucura ; o que não existe", disse.

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