Cidades

Pai e filho acusados de feminicídio são presos dois anos após o crime

De acordo com a polícia, o homem não aceitava o fim do relacionamento e, por isso, matou Franciele da Silva. O filho dele o teria ajudado a enterrar o corpo que, até o momento, não foi localizado

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 10/12/2018 10:21
Mulher foi morta em 2016 e os envolvidos estavam foragidos desde então Dois anos após uma mulher ser assassinada em Brazlândia, a Polícia Civil prendeu dois suspeitos do crime: um homem de 43 anos e o filho dele, de 24. Eles foram detidos preventivamente nesta segunda-feira (10/12), acusados de ter matado e escondido o corpo de Franciele da Silva Moreira, 22. O crime ocorreu em 4 de dezembro de 2016, em Brazlândia.

Segundo informações do delegado-chefe Adval Cardoso, responsável pela investigação, à época, o companheiro de Franciele não aceitava o término do namoro e, no dia do assassinato, ligou para a vítima às 17h50, pedindo que ela fosse até a casa dele, às margens da BR-080, Chácara 4.

Franciele chegou na residência de moto. O ex-companheiro a recebeu e, alí, teria começado uma briga. Enquanto isso, o filho do suspeito estaria dentro de uma caminhonete.

De acordo com a Polícia Civil, com raiva da decisão da vítima, o homem a matou. Após o crime, o filho dele o ajudou a colocar o corpo de Franciele na caminhonete, assim como a moto Biz e outros pertences da jovem.

A dupla se deslocou até às margens DF-220, em direção ao Poço Azul, em uma área rural. Eles enterraram Franciele e todos os pertencentes, inclusive a moto.

Ciúmes doentio

O delegado Adval Cardoso contou que a relação do acusado com a vítima era de muita insegurança. "O autor tinha um ciúme doentio de Franciele e a perseguia constantemente para ter certeza de que ela não estava com outra pessoa, pois não aceitava o fim do relacionamento". O suspeito também ameaçava de morte as pessoas que se aproximassem de Franciele.

Segundo a polícia, pai e filho arquitetaram o crime. Cláudio usou dados de outras pessoas para cadastrar dois telefones celulares. Os números foram utilizados para fazer contato com a vítima, o que dificultou a elucidação do caso. De acordo com o delegado até hoje não foi localizado o corpo da mulher.

O homem foi indiciado por feminicídio, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. E o filho dele irá responder por coautoria de feminicídio e ocultação de cadáver.

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