Uma das mulheres que acusou João de Deus de abuso sexual teria cometido suicídio após saber que ele retomou o trabalho nesta quarta-feira (12/12), pela manhã. A informação foi concedida pela ativista Sabrina Bittencourt à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.
A ativista social, que recebeu as primeiras denúncias contra João de Deus, disse que foi orientada pelo advogado a não dar mais detalhes sobre a morte, afirmou apenas que a família da mulher que se matou nunca acreditou em seus relatos, pois eram seguidores do médium. Bittencourt entrou em choque com a notícia e está tomando remédios desde então.
O Ministério Púbico de Goiás montou nesta segunda uma força tarefa para investigar as denúncias de abuso sexual que teriam sido cometidas pelo médium, que atende na cidade de Abadiânia. Em dois dias, 200 relatos foram reunidos.
Na manhã desta quarta-feira, 12, o médium fez uma visita tumultuada no Centro Dom Inácio de Loyola. Num rápido pronunciamento, disse que era inocente e que estaria à disposição da Justiça. Foi a primeira aparição pública do médium depois que mulheres vieram a público acusá-lo de abuso sexual.
As denúncias afetaram o movimento da casa, onde atendimentos são realizados. Por volta das 8h30, cerca de 400 pessoas - incluindo crianças e duas pessoas de cadeiras de rodas - aguardam a chegada do líder espiritual. Isso representa um terço do movimento habitual.
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