Cidades

Ibaneis recorre ao TCU para igualar ganhos das polícias Civil e Militar

Governador não pretende conceder o mesmo reajuste às duas corporações, mas garantir que o vencimento no fim do mês seja o mesmo, contando com gratificações

Alexandre de Paula
postado em 13/12/2018 16:07
Ibaneis: 'A minha pretensão é a equivalência, mas não posso criar mais distorções'O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) reafirmou, nesta quinta-feira (13/12), o desejo de equiparar os vencimentos de todas as corporações da segurança do DF. Ele ressaltou, no entanto, que a intenção não é conceder o mesmo índice de reajuste para militares e civis, mas sim garantir que o valor recebido no fim do mês, contando com as gratificações, seja o mesmo. "A minha pretensão é a equivalência e que todos ganhem, e ganhem bem. Mas não posso criar mais distorções", disse.

O futuro chefe do Buriti argumenta que, devido às gratificações, o vencimento da PM se tornaria maior que o da Civil caso o percentual do reajuste condedido às duas categorias fosse igual. A ideia, portanto, não é dar aos militares os 37% já prometidos aos civis. O índice de reajuste para a PM deverá ser menor, com percentual que garanta o mesmo valor no fim do mês, contando com as gratificações. Os primeiros reajustes, segundo Ibaneis, devem ser dados em março ou abril de 2019.

Em encontro com o futuro presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro Filho, Ibaneis pediu ajuda para avaliar as gratificações dadas aos PMs e descobrir qual é a real diferença. "O governador Agnelo Queiroz (PT) concedeu aos PMs um auxílio-moradia que varia de R$ 3 mil a R$ 4 mil. Esse auxílio é computado como salário ou não? Isso tem que ser somado para descobrirmos quanto de fato ganham esses policiais. Nós temos que unificar todos esses valores para saber a real diferença que existe entre policial civil e militar. E a partir daí conceder reajuste que equipare as duas carreiras"", afirmou o governador eleito.

Fundo Constitucional e servidores inativos

No TCU, Ibaneis também voltou a tratar da questão do Fundo Constitucional. Pediu apoio para tirar dele o pagamento de servidores inativos, tema que foi tratado em reunião com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na quarta-feira (13/12). "O Fundo Constitucional virou um fundo previdenciário. É uma bomba-relógio que vai estourar na minha mão ou na mão de outro governador", avaliou. "Se a responsabilidade de pagar inativos é da União, tem de ir para o Ministério do Planejamento. Se é do DF, tem de ir para o Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev)", completou.

A medida causa polêmica especialmente entre policiais militares inativos, que temem perder a paridade com os da ativa. Ibaneis, no entanto, garantiu que isso não ocorrerá. "Eles se preocupam com razão, mas ninguém está propondo a quebra dessa paridade. Ela existe e é constitucional. Eles não vão perder", afirmou. "Quero deixar bem claro que o meu compromisso é com a população do DF. Não estou preocupado em desagradar nenhum tipo de categoria. A população sempre estará em primeiro lugar."

Recursos para a agricultura

Ibaneis também foi ao Ministério da Agricultura se encontrar com o comandante da pasta, Blairo Maggi. "Fiz uma visita de cortesia, mas continuamos na busca de recursos, e o ministro nos franqueou que qualquer recurso que estiver à disposição até o dia 31 vai ser colocado para o DF."

O governador eleito já havia conseguido R$ 6 milhões para o setor. Ele espera que os recursos totais possam chegar a R$ 20 milhões. Ibaneis estava acompanhado do vice-governador eleito Paco Britto e do futuro chefe da Casa Civil, Eumar Novacki, que é atualmente secretário executivo do ministério.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação