O Conselho Tutelar suspendeu o depoimento do casal acusado de agredir uma criança de 6 anos na Octogonal. A justificativa é para "evitar exposição", segundo a equipe responsável por acompanhar o caso. As conselheiras não disseram quando vão agendar a próxima data do depoimento.
O depoimento estava previsto para a manhã desta sexta-feira. A conselheira que acompanha o caso, Lucinete Andrade, informou que a tarde vai oficializar pessoalmente o caso ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Vara da Infância e da Juventude (VIJ).
Por volta das 10h, também, moradores deram início à uma reunião de condomínio para debater o caso. Eles querem que os agressores, que moram em Águas Claras, mas tem parentes no endereço (os pais da mulher investigada), sejam impedidos de acessar o conjunto habitacional. O ataque aconteceu na tarde de domingo (9/12). Acreditando que a vítima tivesse derrubado seu filho, um homem segurou os braços do menino para que o outro garoto, da mesma idade, o socasse no rosto.
Posteriormente, a mulher do agressor entrou na confusão e derrubou a criança no chão. Um homem que presenciou a violência correu para socorrer a vítima. Todo o ocorrido foi filmado pelo circuito de câmeras do local. Responsável pelo caso na Polícia Civil, a delegada-adjunta da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Patricia Bozolan afirmou ao Correio nessa quinta (13/12) que as imagens "são inquestionáveis e inequívocas quanto à ação do pai e da mãe da outra criança durante as agressões".
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As filmagens mostram que o filho dos agressores, tropeçou enquanto jogava bola. O caso se tornou público após o site do Correio exibir, na quarta-feira, as imagens das agressões. O vídeo mostra meninos e meninas jogando futebol na quadra na tarde de domingo quando o menino cai ao lado de outro, bate o rosto no chão, levanta sai de cena. Minutos depois, ele volta com o pai, que segura uma sandália.
Nervoso, o homem imobiliza a criança que, anteriormente, estava ao lado do filho, e pede que o menino acerte o rosto do colega. Também alterada, chega uma mulher, a mãe. Ela empurra o menino agredido, que cai no chão. No momento das agressões, outras crianças estão acuadas no alambrado da quadra. Algumas aparecem nas imagens chorando. Os adultos agressores, que não moram no condomínio, passavam o dia na casa dos avós maternos, moradores de um dos blocos da Octogonal 4.