Cidades

Senhor de 84 anos é encontrado após ficar mais de 24h desaparecido

Doente de Alzheimer, o homem desapareceu na manhã de quinta-feira (13/12) e foi encontrado na tarde desta sexta (14/12), na zona rural de Ceilândia

Cézar Feitoza - Especial para o Correio
postado em 14/12/2018 18:50
Senhor foi resgatado após cinco horas de buscas, na zona rural de CeilândiaUm senhor de 84 anos foi resgatado pelos bombeiros, na tarde desta sexta-feira (14/12), após ficar mais de 24h desaparecido. Doente de Alzheimer, o homem foi encontrado no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, em Ceilândia, com sinais de desidratação e exaustão.

Um neto de consideração do senhor, José Filho Oliveira, 31 anos, trabalha com o homem que desapareceu em uma chácara, na zona rural de Ceilândia. Ele conta que todos os dias o avô sai do terreno em que mora, por volta das 10h, e retorna pouco depois. Entretanto, nesta quinta-feira (13/12), o senhor saiu da casa e não voltou mais.

Somente às 14h José Filho percebeu o sumiço do homem e avisou aos colegas de trabalho. Após procurar por pouco mais de uma hora, foi à 24; Delegacia de Polícia, no Setor O, registrar ocorrência.

Mesmo tendo procurado durante todo o dia, foi às 8h desta sexta-feita (14/12), quando o Corpo de Bombeiros foi acionado, que as buscas se intensificaram. "Procuramos durante um bom tempo, sem sucesso, quando um bombeiro me perguntou o que achava que a gente devia fazer. Eu disse que o espaço era muito grande e que seria mais fácil conseguir encontrar o senhor com um helicóptero", relata José.

Duas viaturas e um helicóptero transportaram os treze militares e dois cães que atenderam a ocorrência. Após cinco horas do início da procura, os militares encontraram o senhor, em meio a um campo aberto no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, em Ceilândia, a cinco quilômetros da chácara em que mora. Ele foi carregado por militares até chegar a um helicóptero da corporação, que o levou à UPA de Ceilândia.

Alzheimer e AVC


Segundo o relato de José Filho, o senhor de 84 anos sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), em 2012. O derrame apronfundou o quadro de Alzheimer da vítima, mesmo que ainda não fosse diagnosticada com o mal à época. "Desde quando teve o AVC ele parou de trabalhar na chácara. Tem a fala muito embolada, só quem convive com ele há muito tempo consegue entender o que ele fala", conta.

Para evitar novos casos como o dessa semana, os donos da chácara pretendem deixar o portão do lote fechado. Antes, o espaço ficava aberto durante todo o dia e era fechado à noite. "Foi um susto. Ele é como um avô para mim, cresci trabalhando no gado com ele. Vamos tomar os cuidados agora", disse José.

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