Cidades

PF e MP prendem policiais acusados de integrar grupo de extermínio em Goiás

De acordo com a PF, os policiais militares matavam e forjavam a existência de confrontos policiais que justificassem a ação

Philipe Santos*
postado em 18/12/2018 08:52
Ilustração de munição de arma de fogo
A Polícia Federal (PF) em parceria com o Ministério Público de Goiás deflagrou, nesta terça-feira (18/12), a operação Circo da Morte, que mira um grupo de extermínio composto por policiais militares. A associação criminosa atuava em Caldas Novas (GO), Santo Antônio do Descoberto (GO) e Alto Paraíso (GO).

De acordo com a PF, eles matavam e então forjavam a existência de confrontos policiais que justificassem a ação. As investigações duraram um ano e apontam a participação de cinco policias militares, inclusive de oficiais, no grupo de extermínio.

Estão sendo cumprindo nove mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária, todos em Caldas Novas. A Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Goiás, que também participa das ações, atua com 10 militares na operação. Já a PF deslocou 58 policiais federais.

Os acusados poderão responder pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, constituição de milícia privada, fraude processual e corrupção passiva.

Segundo a PF, o nome da operação faz referência ao mágico de circo que cria ilusões com aparência verdadeira, como homicídios que teriam parecem atos heróicos.
Em nota, a Polícia Militar de Goiás (PMGO), por meio da Corregedoria da instituição, disse que acompanha as ações da Operação Circo da Morte. "Ressaltamos que todas as providências legais, pertinentes à Corporação, já estão sendo adotadas, e que o Comando Geral da PMGO designou uma equipe de Oficiais corregedores para atuar e acompanhar, em conjunto com o Ministério Público e Polícia Federal, o cumprimento dos mandados de prisão", diz o texto.

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