Sargento Oziel Lima contou à reportagem que o condutor estava com alguns amigos próximo a um posto de gasolina na Candangolândia. Ao ser abordado pelos policiais, ele jogou a chave do veículo em um matagal e alegou não saber de quem era o carro. "Contudo, nós percebemos a ação dele e encontramos a chave. Assim que a recuperamos, conseguimos ter acesso à documentação e constatar a grande quantidade de dívidas registradas naquele veículo", detalhou o militar.
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Os débitos do automóvel foram avaliados em R$ 27.705,86, e estavam divididos em R$ 2.483,64 de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), R$ 113,82 do seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) e R$ 25.108,40 de multas.
O homem disse ao policial que o veículo não estava no seu nome, mas quando percebeu que um guincho do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) havia chegado ao local para recolher o carro, tentou evitar a remoção.
"Ele começou a dizer que o carro era dele, e quando percebeu que não teria saída, passou a depredar o automóvel. Usou uma chave de roda para quebrar os vidros, a lataria e outras partes. Um dos policiais que atendeu a ocorrência tentou convencê-lo a parar, o que deixou o homem ainda mais nervoso. Ele, então, tentou agredir a equipe com uma espécie de saca-rolhas. Contudo, conseguimos detê-lo e evitar o pior", lembrou o sargento Oziel Lima.
A equipe policial conduziu o homem e um colega dele, de 33 anos, que tentou impedir a prisão do amigo sob a afirmação de que era ex-policial militar, à 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). O automóvel depredado também foi levado à unidade e, posteriormente, recolhido ao depósito do Departamento de Trânsito (Detran).
Ambos os homens acabaram autuados por desacato, resistência, perturbação do trabalho ou do sossego alheios e simulação da qualidade de funcionário. Após depoimento na delegacia, os dois foram levados à carceragem da Divisão de Controle e Custódia de Presos, da Polícia Civil, onde permanecerão à disposição da Justiça. Eles não tiveram fiança arbitrada pela corporação.
Para o sargento Oziel Lima, a experiência foi constrangedora. "Ele fugiu do controle emocional de uma maneira muito estranha e mostrou bastante agressividade ao resistir à guarnição da polícia. Foi a primeira vez que lidei com algo assim", confessou.