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Prata da casa: Luppy mostra seu talento em português, inglês e francês

A cantora brasiliense reproduz clássicos brasileiros em outras línguas e tem no repertório artistas como Chico Buarque, Tom Jobim e Caetano Veloso

Pedro Canguçu*
postado em 21/12/2018 17:39
Em 2019, Luppy quer correr o Brasil. E em 2020, o plano é cantar nos palcos europeus
"A profissão de cantora é uma vocação", diz Luciana Luppy, a brasiliense que começou a estudar violão aos 13 anos e que entrou na música de forma espontânea. Conhecida por reproduzir clássicos brasileiros em francês e inglês, Luppy, como gosta de ser chamada, é graduada em jornalismo, além de ser atriz com formação no Rio de Janeiro. Segundo ela, a ideia de exibir as canções em outro idioma surgiu por meio de uma oração. "Eu estava no Rio de Janeiro, quando eu tive essa inspiração divina para cantar músicas brasileiras em francês", disse.
Luppy lembra que tinha uma grande expectativa com a credibilidade dos franceses. Durante uma apresentação na semana da francofonia, em 2011, no Teatro da Caixa, em Brasília, a artista teve a oportunidade de se apresentar para 400 diplomatas, onde foi bastante aplaudida pelos presentes. ;As pessoas vieram falar comigo, entre elas, à Jocelyne Yves Saint-Geours, à época, embaixatriz da França. Ali, eu tive a plena certeza de que estava no caminho certo;, afirmou.
Antes disso, em 2010, Luppy participou do programa Arte com Sérgio Britto, no qual agregou referência na carreira. "Ele falou da qualidade, da proposta e da diferença que trazia sensibilidade", ressaltou. Para Luppy, o tempo que morou no Rio de Janeiro foi fundamental para se aproximar mais na música. "Eu fui para o Rio com 17 anos e, desde novinha, queria ser cantora. Eu tive oportunidades ímpares, como morar no mesmo lugar que Oswaldo Montenegro, Mariana Sales, Deborah Blando e, por conta do cenário cultural ser tão grande, ainda tive chance de ter o contato com Chico Anysio e Jorge Vercillo, além de fazer parte do coro musical das Bachianas brasileiras".
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Caetano Veloso


Formada em jornalismo, a cantora atuou na revista da Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro e em assessorias de imprensa, mas a veia para a música pulsou mais forte. No repertório, composto por 70% de clássicos e 30% autorais, encontram-se grandes artistas, como Chico Buarque, Tom Jobim e Caetano Veloso, a quem dedicou uma de suas músicas, chamada Para Caetano.

"O Caetano é um grande ídolo dos brasileiros. Eu fiz uma versão trilíngue da música dele, e entrei em contato com a produtora para receber autorização. Depois que ouviu, ele autorizou. E quando ele fez um show aqui em Brasília, fui ao encontro dele, e me senti sensibilizada por ele ter gostado do meu trabalho. E quando eu cheguei em casa, pensei: ;Tenho que fazer uma música para ele como homenagem", relembrou.
Além da canção, a artista ainda conta com Ma Petite Paris (Minha pequena Paris), feita em homenagem às vítimas do atentado à casa de shows Bataclan, na capital francesa, em 2015. "Era um dia que não deveria existir no calendário". Umas das obras que Luppy destaca é Oscar Poeta, em admiração ao arquiteto Oscar Niemeyer.
Neste ano, Luciana estava com pretensão de fazer apresentações nos Estados Unidos, Paris e Japão, mas por decisão pessoal, resolveu cancelar. "Eu tinha perspectiva de me apresentar, mas politicamente falando, tive receio da relação entre Coreia do Norte e Estados Unidos". Para o próximo ano, Luciana quer rodar o país. "Quero me apresentar em São Paulo, Rio e outras capitais".

E em 2020, o plano é ir para a Europa. Luciana tem grandes expectativas para a melhora no mercado da música no país. ;Com o esforço, conseguimos mostrar o nosso trabalho;. Definida como artista de palco, Luppy não descarta a possibilidade de lançar um EP, mas não é o foco no momento. ;Estou concentrada em fazer shows;, finalizou.

* Estagiário sob a supervisão de Leonardo Meireles

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