Cidades

Secretários de Rollemberg assumem pastas em outras unidades da Federação

Um dos principais nomes é o de Leany Lemos, que assumirá a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do Rio Grande do Sul

Alexandre de Paula
postado em 25/12/2018 08:00
Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal: destaques na atual gestão assumirão desafios semelhantes ao lado de outros governadores
Em 31 de dezembro de 2018, a equipe do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) despede-se do comando do Distrito Federal. Enquanto alguns secretários e chefes de órgãos do governo voltarão a funções de origem, seja na iniciativa privada, seja no serviço público, pelo menos cinco integrantes do time do socialista aceitaram o desafio de tocar pastas relevantes em outras unidades da Federação.

É o caso da ex-secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos (PSB). A partir de 2019, ela terá a mesma função no Rio Grande do Sul. Uma das peças-chave do mandato de Rollemberg, Leany, eleita suplente da futura senadora Leila Barros (PSB), foi responsável pelo projeto de recuperação fiscal e ajuste das contas defendido pelo governador como principal legado deixado depois dos quatro anos à frente do Palácio do Buriti.

Leany assumirá uma missão tão complexa quanto a recebida quando topou participar do GDF, com o rombo de R$ 6,5 bilhões, segundo o atual governo, deixado pelo petista Agnelo Queiroz. O Rio Grande do Sul, que será administrado pelo governador eleito, Eduardo Leite (PSDB), enfrenta crise econômica, com dívidas e dificuldade até para o pagamento dos servidores com salários mais baixos. A estimativa é de que o novo governo assuma o caixa com deficit de R$ 6,9 bilhões. Na visão de Leany, a escolha representa um reconhecimento do trabalho feito no governo local. ;Sem dúvida, é o resultado de todo o esforço que foi feito pelo governo no DF. É também um reconhecimento da minha trajetória pessoal;, avalia. ;Eu não conhecia o governador de lá, e ele nem é do mesmo partido do Rollemberg. Foi uma escolha pelo trabalho que fiz;, completa.

A diferença partidária também não foi impedimento para que outra bandeira defendida por Rollemberg na campanha, o Instituto Hospital de Base (IHB), rendesse indicação para mais um integrante da equipe. O diretor presidente do IHB, Ismael Alexandrino, foi escolhido para comandar a secretaria de Saúde de Goiás pelo governador eleito daquele estado, Ronaldo Caiado (DEM). Alexandrino foi o responsável, ao lado do atual secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca, pela implantação do novo modelo de gestão na unidade.

O atual secretário da Segurança Pública e da Paz Social do DF, o delegado da Polícia Federal Cristiano Barbosa, também migrará para outra unidade federativa. Barbosa comandará a pasta em Tocantins. Ele recebeu o convite do governador Mauro Carlesse (PHS), reeleito no primeiro turno. No DF, ele ocupa o cargo desde fevereiro. Antes disso, era secretário adjunto na gestão de Edval de Oliveira Novaes Júnior.

Completam o time dos recrutados para outras localidades o atual secretário de Mobilidade, Fábio Ney Damasceno, e o presidente do Banco de Brasília (BRB), Vasco Cunha Gonçalves. Os dois trabalharão no governo do Espírito Santo. Damasceno, no comando da Secretaria de Mobilidade e Obras Públicas, e Gonçalves, na Presidência do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes). O estado será governado por Renato Casagrande, correligionário e aliado de Rodrigo Rollemberg.
Quadro com secretários de Rollemberg que vão assumir pastas em outras unidades da Federação

Legislativo

Algumas das principais figuras da gestão de Rollemberg também estarão em órgãos do Legislativo em 2019. O atual chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, voltará à Câmara dos Deputados, onde foi diretor-geral até aceitar, em 2015, o convite do atual governador para assumir o posto no Executivo local.

Três integrantes da equipe trabalharão no Senado a partir de 2019. O secretário de Saúde Humberto Fonseca voltará para a Casa, onde ocupou o cargo de diretor-geral adjunto de Contratações. O atual secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Renato Jorge Brown Ribeiro, deve assumir um gabinete no próximo mandato. A subsecretária de Esportes, Ricarda Raquel Barbosa de Lima, atuará na equipe da senadora eleita Leila Barros (PSB). O próprio Rollemberg, servidor da Casa, retornará ao Senado e deve atuar na liderança do PSB.

Outros secretários voltarão para atividades na iniciativa privada. É o caso de Jaime Recena, do Turismo; Guilherme Reis, da Cultura; e Thiago de Andrade, da Gestão do Território. Funcionário de carreira da pasta, o atual secretário de Fazenda, Wilson de Paula, retornará ao cargo anterior. O secretário de Educação, Júlio Gregório, aposentou-se.

;Importados;
Enquanto nomes do governo Rollemberg migram para outras unidades federativas, o governador eleito do DF, Ibaneis Rocha (MDB), recrutou para o time de secretários seis nomes com carreiras consolidadas longe do Distrito Federal. Ibaneis escolheu pessoas de fora da cidade para o comando de algumas das pastas mais importantes do governo, como Saúde (Osnei Okumoto), Educação (Rafael Parente) e Casa Civil (Eumar Novacki). Além deles, Leandro Cruz (Esporte), Sarney Filho (Meio Ambiente) e Gilvan Máximo (Ciência e Tecnologia) também vieram de outras regiões.

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