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Feliz 2019! Brasilienses celebram ano-novo no Mané Garrincha e na Prainha

Segundo a PMDF, cerca de 8 mil brasilienses acompanharam a virada nos dois palcos

Cézar Feitoza - Especial para o Correio, Danilo Queiroz - Especial para o Correio
postado em 01/01/2019 00:02
À meia-noite, os fogos de artifício foram lançados na beira da ponte Costa e Silva
Ao som de artistas nacionais e locais, os brasilienses celebraram a chegada de 2019 com muita empolgação nos palcos montados no estacionamento do Estádio Mané Garrincha e na Praça dos Orixás, também conhecida como Prainha. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), 8 mil pessoas estiveram nos locais para se despedir de 2018 e dar boas-vindas ao novo ano.

O palco montado no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha foi a escolha de 6 mil brasilienses para receber 2019. As principais atrações no local foram os show de Babi Ceresa, Rapadura Xique Chico, Emicida, Danilo e Daniel e Naiara Azevedo.
O autônomo Ivoneis Pereira da Silva, 33 anos, levou a filha Cinthia Cordeiro da Silva, 11, para passar a virada de ano no local. ;Vim curtir o ano novo aqui com minha filha. Já tinha vindo em outros anos na Esplanada dos Ministérios e a festa está excelente;, destacou.
O brasiliense também aproveitou para fazer votos para o ano que começa. ;Desejo muita paz, prosperidade e alegria. Só coisas boas a todos;, acrescentou.

Apesar da chuva que caiu em Brasília durante a noite, Wellington Ramos, 32, também resolveu sair de casa para prestigiar o evento de virada no Mané acompanhado de duas amigas. ;A chuva desanima um pouco, mas queria sair de casa e dar uma olhada como estava a cidade;, pontuou, ressaltando ainda um sentimento de esperança para 2019. ;Espero basicamente mudanças desse ano que está começando;, frisou.

Próximo à meia-noite, a cantora sertaneja Naiara Azevedo interrompeu sua apresentação para comandar a contagem regressiva para 2019. "Fiz shows lindos em Brasília. Sou super bem recebida sempre que venho e estou muito feliz de passar a virada com meus fãs daqui;, ressaltou. Na sequência, o céu da capital federal foi iluminado por um show de fogos de artifício que durou 10 minutos.
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Outra opção dos brasilienses para a virada de ano, a Prainha recebeu 2 mil pessoas na tradicional festa de Iemanjá. O evento contou com a apresentação musical do DJ Gab J, da banda Surdodum, composta por músicos surdos, e pela Ilê Ayê, bloco afro do carnaval de Salvador.

Ao redor das 17 estátuas que representam os orixás, centenas de velas, garrafas e pratos com comida foram colocadas pelos religiosos. "Eu coloco as velas para agradecer mais um ano de vida, mais um ciclo. Exú é meu orixá e eu preciso agradecer a ele por todas as coisas boas que aconteceram esse ano", conta a autônoma Raquel Costa, 42 anos.

A carioca Vânia Ribas, 58, passa o réveillon na Prainha todos anos desde que chegou a Brasília, em 2009. Ela aproveita a água doce do Lago Paranoá para matar a saudade da terra onde nasceu. "Não é possível ir sempre ao Rio. A Prainha e a celebração aos orixás, pelo menos, me remete à infância, à minha família;, frisa.

À meia-noite, os fogos de artifício foram lançados na beira da ponte Costa e Silva. O espetáculo pirotécnico durou 10 minutos. Embaixo, balaios foram soltos na água, como uma oferenda para Iemanjá.

"Fazemos isso como uma forma de agradecimento. No nosso terreiro, por sermos umbandistas, acreditamos no cuidado ao próximo, pregamos o amor. Agora, o momento é de falar para Iemanjá que agradecemos a ela todo o cuidado que nos tem dado", conta Marcos Paulo Teixeira, 25 anos, pai pequeno do terreiro Cantinho de Tia Chiquinha de Oxalá, do Gama.

De acordo com a Secretaria de Cultura (Secult), o gasto para organização das festas de réveillon (estrutura, queima de fogos contratações e chamamento de artistas locais) foi de R$ 2 milhões. Segundo a PMDF, os dois eventos ocorreram com tranquilidade e não tiveram registro de graves ocorrências.

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