Jornal Correio Braziliense

Cidades

Posse de Bolsonaro aumenta a movimentação no centro da cidade neste feriado

Moradores do Distrito Federal e turistas se reuniram para assistir à posse do presidente eleito Jair Bolsonaro

Poucos comércios abertos e movimentação fraca pelas cidades marcaram o primeiro dia de 2019. Contudo, no coração da capital, milhares de pessoas se reuniram para participar da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Parte delas são do Distrito Federal, outros encararam longas viagens para estarem presentes no grande evento, que aconteceu nesta terça-feira (1;/1).

A família da dona de casa Márcia Mariz Amorim, 52 anos, desmarcou a passagem do réveillon em Florianópolis (SC) para não perder a posse do presidente. "Queríamos estar aqui neste dia tão importante, porque temos muita esperança e expectativa no novo governo. Esperamos mudanças e melhorias. Esse evento foi mais esperado do que o próprio ano-novo", afirma a moradora de Sobradinho.

O corretor de imóveis Paulo Vitor de Sousa, 31, a mulher, Thaynara Teles, 26, e os filhos Ana Luísa, 5, e Miguel, 3, encararam horas de viagem ao saírem de Costa Rica (MS) para a capital. "Viemos de carro e paramos em Goiânia, onde encontramos outros familiares e continuamos o trajeto até Brasília. Estamos aqui apenas para a posse e estamos vivendo muitas emoções. É um dia histórico, que significa o renascimento da história para os brasileiros. Valeu a pena vir", conta Paulo.

Mas a cerimônia foi frustante para alguns visitantes, como o professor Eduardo Rocha, 48, que veio de Araçatuba (SP). Ele chegou à cidade com a mulher, a cirurgiã dentista Priscila Rocha, 41, e os filhos Rafael, 15, e Rodolfo, 6. Após tentar ir à posse, a família e amigos saíram do local e se reuniram em um restaurante da Asa Sul.

"Houve muita burocracia por causa da segurança, que influenciou na qualidade do evento. Além disso, faltou informação à população e telões para que as pessoas conseguissem ver o que acontecia no evento. Esses problemas me decepcionaram. Por isso, preferimos sair de lá", frisa.

Priscila também reclamou quanto à distribuição de água no evento. "Ganhávamos um copo e tínhamos que ir a torneiras. A fila era enorme e cansativa. Depois que bebíamos a água, não tinha lixeira. Isso deixou o ambiente sujo", analisa.

Apesar dos problemas da posse, a família não perde esperanças no futuro governo. "Espero que tudo dê certo, pois nossas expectativas são as melhores", finaliza o professor.