Cidades

Novo presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva toma posse nesta terça

À frente da OAB-DF, o criminalista promete descentralizar a gestão, reduzir a anuidade e tornar a Ordem mais ativa nos debates da sociedade

Alan Rios, Cézar Feitoza - Especial para o Correio
postado em 01/01/2019 19:48

Délio prometeu presidir a OAB-DF com uma grande representatividade de advogados e advogadas

Tomou posse, nesta terça-feira (1;/1), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) Délio Lins e Silva. O mandato vai de 2019 a 2021. Délio fez oposição à gestão de Juliano Costa Couto, que, assim como o governador Ibaneis Rocha, apoiou a candidatura de Jacques Veloso. À frente da OAB-DF, o criminalista promete descentralizar a gestão, reduzir a anuidade e tornar a Ordem mais ativa nos debates da sociedade.

Em entrevista após a posse, Délio demonstrou pressa em agir. "Nesta semana, já devemos ter as primeiras novidades. A primeira proposta, aprovada antes mesmo de a gestão tomar posse, foi a redução da anuidade do advogado iniciante. Para isso, a gente teve o auxílio do conselho atual", ressalta Délio.

Na eleição, que ocorreu em 29 de novembro, o candidato da situação era Jacques Veloso. Délio disputava o pleito pela segunda vez. Já tinha ficado em segundo lugar em 2015, quando perdeu para Juliano Costa Couto. Na última disputa, o novo presidente da OAB-DF recebeu apoio de Fernando Caputo, que presidiu a Ordem entre 2010 e 2012.

A votação foi apertada. Délio venceu com 9.805 votos, 248 a mais que Jacques Veloso, segundo lugar na disputa. Renata Amaral, da chapa Ordem Democrática, ficou com 1.912 votos; Max Telesca, último colocado, recebeu 1.597 votos, pela chapa Somos OAB.

Em sua primeira entrevista como presidente eleito da Ordem, Délio refutou a ideia de que a OAB-DF faria oposição ao governo de Ibaneis Rocha. "Longe disso. Seremos parceiros nos bons projetos e, também, independentes para apontarmos o dedo quando as coisas estiverem erradas. A OAB é parte legítima para ações coletivas. Então, não tenham dúvida de que tomaremos todas as providências que forem necessárias quando as coisas estiverem erradas", afirmou.

"Conversei com ele (Ibaneis) semana passada, fui levar o convite da posse. A gente vai manter uma relação boa, institucional. Ele demonstrou interesse nisso. Grupos políticos dentro da OAB-DF estão apagados, não existem mais", destaca o presidente da seccional.

Em um auditório lotado, foram empossados os demais integrantes da nova diretoria: Cristina Damasceno, vice-presidente; Paulo Maurício Braz Siqueira, diretor-tesoureiro; Marcio de Souza Oliveira, secretário-geral; e Andrea Saboia Fonseca, secretária-geral adjunta. Além deles, os presidentes eleitos das 11 subseções da OAB-DF receberam a gestão.

Carreira

Formado em direito pelo UniCeub no ano de 2000, Délio Lins e Silva se especializou na área criminalista e em direito penal, concluindo um mestrado na Universidade de Coimbra, em Portugal, e iniciando um doutorado na mesma instituição, em 2014. As atividades acadêmicas seguiram em paralelo ao seu trabalho na OAB. Entre 2010 e 2012, por exemplo, o advogado atuou como conselheiro de Francisco Caputo, então presidente do órgão.

Naquela ocasião, Délio passou a presidir as Comissões de Apoio ao Advogado Iniciante e de Honorários da OAB-DF, o que o motivou ainda mais a brigar pelo cargo mais alto da Ordem na capital do país. Na disputa de 2015, foi o segundo mais votado. Eleito em 2018, o empossado garantiu que fará da sua gestão "a melhor que a Ordem já viu", como declarou em entrevista ao programa CB.Poder ; parceria do Correio com a TV Brasília.

Délio prometeu presidir a OAB-DF com uma grande representatividade de advogados e advogadas, levando para a entidade discussões pertinentes da sociedade com participação popular. Segundo ele, a instituição não pode se omitir diante de importantes debates regionais e nacionais. Para garantir esse diálogo com os moradores da capital, o presidente montou uma chapa com membros de diversos grupos. Negros, religiosos, LGBTs e pessoas com deficiências devem trabalhar em conjunto na nova gestão.

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