Cidades

"Meta é reduzir desemprego ao máximo", diz secretário de Desenvolvimento

Titular da pasta de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho garante que o novo governo quer diminuir número de desempregados no DF de forma drástica nos dois primeiros anos de mandato

Augusto Fernandes
postado em 08/01/2019 15:01

Chefe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do DF, Ruy Coutinho concedeu entrevista nesta terça-feira (8/1) ao programa CB.Poder ; parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília ; e comentou sobre a intenção do governo de Ibaneis Rocha (MDB) em reduzir o cenário de desemprego em Brasília. Segundo ele, a meta é reduzir ao máximo o número que, hoje, gira em torno de 300 mil pessoas.
"Podemos diminuir bastante nos dois primeiros anos, usando todos os instrumentos que possam ser úteis para esse objetivo. Uma ação importante para isso será a identificação de vocações alternativas para o Distrito Federal, que atualmente é muito preso ao governo e à construção civil. Temos que descentralizar a matriz econômica do DF para outros setores que envolvam políticas públicas inovadoras", comentou Ruy Coutinho.

De acordo com o secretário, Brasília tem capacidade para abrigar hubs logísticos e de altas tecnologias, bem como ser espaço para a criação de um corredor alfandegário. Tais medidas auxiliaram na redução de desempregados, na visão de Ruy Coutinho. "O turismo também precisa de atenção, algo que não acontece hoje em dia. É o emprego mais barato", acrescentou.

Para gerar novos postos de emprego, Ruy Coutinho também quer recuperar o Programa de Promoção do Desenvolvimento Econômico Integrado e Sustentável do Distrito Federal (Pró-DF). "Ele foi interrompido por uma série de razões. Foi basicamente congelado para novos empreendimentos, porque a experiência do passado não foi boa. Se conseguirmos returbinar isso e relançar esse programa, acredito que iniciaríamos uma retomada do emprego", analisou.

Verba do BID

Segundo Ruy Coutinho, a pasta quer "reaquecer" nesta semana uma operação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) de 2012. Naquele ano, o banco disponibilizou ao Executivo local US$ 71 milhões com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico do DF, mediante melhorias no ambiente de negócios, investimentos e capacitação em quatro áreas de desenvolvimento econômico (ADEs): Materiais de Construção e Setor de Indústrias (Ceilândia); Múltiplas Atividades (Gama); e Polo JK (Santa Maria).

"Fazendo a recuperação dessas áreas, temos como estancar a hemorragia provocada pela saída de empresas do DF. Tivemos uma grande perda de tecido industrial. Em segundo lugar, poderemos manter as empresas que já estão aqui, evitando que elas vão embora. Por último, poderemos trazer empresas novas para cá, pois dentro do projeto do BID existe a criação de uma agência de captação de investimentos", explicou o secretário.

Atrair novas empresas ao DF, lembrou Ruy Coutinho, será um desafio. "Oferecer incentivos fiscais é importante, mas existem outros mecanismos. Temos que dar segurança jurídica e outros elementos que propiciem o empresário sair de onde ele está para vir ao DF, ou criar uma nova empresa aqui", disse. Mesmo assim, ele quer tornar menos burocrático o processo de instalação de empresas em Brasília.

"O peso da burocracia é enorme. Quero sugerir ao governador Ibaneis a criação de um programa de desburocratização. Temos condições de fazer algo bastante robusto. É a oportunidade de a gente lubrificar mecanismos que, infelizmente, nos deixam muito travados", apontou.

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